setor de Tecnologia da Informação (TI) cresce gradativamente e oferece oportunidades de desenvolvimento para a economia do Brasil. No entanto, um dos principais gargalos enfrentados pelo mercado é a falta de profissionais qualificados. Uma pesquisa realizada pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro), em parceria com a MBI e a Monkey Survey, revelou o quanto as empresas faturam com cada funcionário da área. Por trás dos números, o estudo aponta que há a necessidade de investimentos para aumentar a competitividade desse mercado brasileiro.
De acordo com a analista de Fomento e Desenvolvimento da Fiep, Maria Cecilia Cordeiro, “o Paraná tem sofrido com a falta de profissionais qualificados em todos os segmentos industriais, mas no caso da TIC e diante da complexidade que alguns segmentos apresentam – que demandam formação de nível superior, conhecimentos técnicos específicos, entre outros – este tem sido um grande desafio”, afirma.
Segundo a analista, há inúmeros motivos que justificam a baixa qualificação dos profissionais. “O crescimento acelerado do setor justifica a falta de capacitação dos trabalhadores. No entanto, a baixa qualificação pode se dar por inúmeros outros motivos: inexistência de cursos específicos de acordo com a necessidade da indústria até a carência de profissionais no mercado, em virtude do aquecimento da economia brasileira. São fatores que levaram ao menor nível de desemprego dos últimos anos, o que significa que não há profissionais disponíveis no mercado”, explica.
Os resultados da pesquisa realizada pela Assespro apontaram que apenas 16,5% das empresas faturam de R$ 75 mil a R$ 100 mil ao ano por cada profissional de TI. Já 15,4% e 13,3% das organizações alcançam entre R$ 150 mil e R$ 200 mil e entre R$ 100 mil e R$ 150 mil, respectivamente. O estudo também contemplou as empresas que faturam até R$ 25 mil ao ano por profissional de TI. Essas representam 4,6% do total, enquanto as que faturam acima de R$ 1 milhão ao ano por profissional somam 4,2% do total.
Empresas buscam aperfeiçoamento - A analista da Fiep afirma que, para reverter a carência existente no setor, as empresas estão investindo em treinamento para os profissionais. O que as empresas têm feito nesse sentido é investir em programas internos de qualificação profissional, buscando no mercado de trabalho os profissionais com conhecimentos na área (como universitários e recém-formados) e investindo em treinamentos na própria empresa, desenvolvendo os profissionais de acordo com suas necessidades.
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