A produtividade do trabalhador da indústria brasileira aumentou 1,2% no terceiro trimestre
deste ano em relação ao período imediatamente anterior. Foi o sexto trimestre consecutivo de aumento da produtividade, informa
o estudo divulgado nesta quarta-feira (13) pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI). Entre o segundo trimestre de 2016 e o terceiro trimestre deste ano, a produtividade no trabalho da indústria
acumula uma alta de 8,1%.
"A recuperação do indicador desde meados de 2016 resulta, principalmente, do esforço
das empresas para aumentar a eficiência e reduzir os custos, como resposta à crise econômica", avalia o estudo. A publicação
lembra que, em 2016, o principal objetivo dos investimentos da indústria foi a melhoria dos processos produtivos. Conforme
pesquisa da CNI, 38% das empresas investiram em melhoria do processo produtivo no ano passado.
"Aumentar a produtividade
é um dos principais desafios da indústria brasileira. Além do esforço das empresas nesta direção, o país precisa melhorar
a qualidade da educação e avançar na agenda das reformas estruturais, como a da Previdência e a tributária", afirma o gerente-executivo
de Pesquisas da CNI, Renato do Fonseca. Segundo ele, outras ações, como o aumento da qualidade da gestão empresarial, a redução
da burocracia e a modernização da infraestrutura também são imprescindíveis para a recuperação da produtividade brasileira.
A produtividade do trabalho compara a quantidade de bens e serviços produzidos com a quantidade de horas trabalhadas
na produção. O crescimento da produtividade no terceiro trimestre de 2017 reflete o aumento de 1,2% no volume produzido e
a estabilidade das horas trabalhadas na indústria. Entre o segundo trimestre de 2016 e o terceiro trimestre de 2017, a expansão
da produtividade é resultado do aumento de 2,8% no volume produzido e da redução de 4,9% nas horas trabalhadas na produção,
informa a CNI.
COMPETIÇÃO EXTERNA - O estudo mostra ainda que, no ano passado, a produtividade do trabalhador brasileiro
cresceu 1,7%. No mesmo período, a produtividade na Alemanha aumentou 2,2%. Na Holanda, 2,3% e, na Coreia do Sul, 2,1%. Na
Argentina, a produtividade recuou 3,4%. No México e no Japão caiu 1,7%.
Mesmo com crescimento registrado nos últimos
anos, a produtividade do Brasil cresceu menos do que a dos principais parceiros comerciais. De 2006 a 2016, enquanto que a
produtividade brasileira cresceu 5,5%, a dos Estados Unidos aumentou 16,2%, a da Alemanha subiu 10,7% e, a da França, 21,7%.
A produtividade na Coreia do Sul subiu 44%. Na última década, o Brasil também ficou atrás dos competidores latino-americanos.
Na Argentina, a produtividade no trabalho da indústria aumentou 11,2% e, no México, 9,2%.
O resultado do Brasil
é ainda pior quando comparado com 2000, ano que começa a série histórica. Entre 2000 e 2016, a produtividade do trabalhador
na indústria brasileira em relação à produtividade média dos trabalhadores nas indústrias dos 10 principais concorrentes internacionais
caiu 25,8%.
SAIBA MAIS - Leia a íntegra da pesquisa aqui no Portal
da Indústria.
Por Verene Wolke
Da Agência CNI
de Notícias
Envie para um amigo