O Comitê de Logística Reversa da Fiep realiza o trabalho de articulação com os demais atores envolvidos na construção do plano de logística reversa estadual. As conversas com a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e Federação do Comércio (Fecomércio) têm o objetivo de alinhar indústria, comércio e consumidores para apresentar um termo de compromisso à Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema). No dia 8 de novembro de 2012, às 19h, será realizada uma videoconferência com todos os sindicatos para definir uma agenda e esclarecer as principais dúvidas em relação ao termo.
Por meio do documento, empresas e entidades se comprometem a iniciar o planejamento de destinação dos resíduos sólidos no primeiro semestre de 2013. Para isso, é também necessária a aprovação dos sindicatos empresariais filiados à Fiep.
Segundo Edital de Chamamento nº 01/2012 da Sema, as empresas, por meio das entidades que as representam, têm até o dia 23 de novembro para entregar ao órgão as propostas para implantação da logística reversa. Mas, para isso, os setores teriam que desenhar seus planos de forma isolada. "É preciso conversar com todos os integrantes da cadeia produtiva, incluindo fornecedores, por isso sugerimos prorrogar o prazo", afirma Luciano Busato, analista técnico da Gerência de Fomento e Desenvolvimento da Fiep, responsável por conduzir as articulações setoriais referentes à logística reversa.
A expectativa da Fiep é realizar uma reunião com todos os sindicatos envolvidos na destinação de resíduos sólidos para aprovar a assinatura do termo de compromisso que estipula um calendário de encontros envolvendo separadamente cada cadeia produtiva com a Sema para apresentação dos planos. "Temos um bom relacionamento com a Secretaria, que é bem flexível e deseja somente nosso comprometimento", avalia Busato.
Preocupações - Desde que foi determinada sua obrigatoriedade, por meio da Lei 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a logística reversa vem trazendo preocupações ao setor produtivo devido às dificuldades inerentes à implantação do processo. Muitas empresas temem que a regulamentação inadequada ou fiscalização insuficiente por parte dos órgãos ambientais tragam prejuízos à competitividade das empresas.
As entidades também esperam mais compromisso do poder público com o setor produtivo na implementação da medida. "O poder público está passando a responsabilidade para a iniciativa privada. Temos que ser parceiros", avalia o vice-presidente da Fiep, Rommel Barion.
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