O mercado chinês não é mais um mito para o Sinditêxtil. De 28 de
outubro a 7 de novembro, uma comitiva do sindicato esteve na China, em uma missão empresarial na tradicional Feira
de Cantão, maior feira multissetorial do mundo, na cidade de Guangzhou.
Durante a visita, a comitiva também visitou três fábricas e participou de um encontro
com empresários chineses do segmento de confecção. Para o presidente do Sinditêxtil, Nelson Furman,
sua experiência como empresário hoje pode ser dividida em “A.C. e D.C”. Ele explica: “Minha
trajetória agora é marcada por dois períodos: antes da visita à China, e depois. Essa viagem mudou
a minha forma de ver esse país e o mercado industrial”, conta.
O empenho dos trabalhadores chineses surpreendeu Furman. “O povo é muito trabalhador. Eles
têm um objetivo, que é trabalhar e fazer a China prosperar definitivamente. E fazem isso sem esperar por bolsa
família, salário desemprego ou outras medidas paternalistas que existem no Brasil. Eles correm atrás.”
Competitividade
Na avaliação do presidente do sindicato, em termos de produção,
o Brasil não terá condições de competir com a China tão cedo. “A estrutura deles
é muito superior à nossa. Além disso, o Brasil possui muitos impostos e leis que nos atrapalham, sem
falar na visão de que os empresários são vilões. Na China não existe isso. Em compensação,
nós brasileiros podemos competir com eles no campo da criatividade. Inovação não é o forte
deles, e nós temos condições de produzir mercadorias mais diferenciadas, em lotes menores”, diz
Furman.
A viagem foi interessante também
para fomentar futuras parcerias entre empresários dos dois países. “Eu mesmo penso em estreitar relações
com a China. Como um todo, essa experiência foi muito válida. Conseguimos conhecer a realidade do mercado chinês
para nos posicionarmos melhor em relação a nossos futuros caminhos”, afirma Marcelo Surek, tesoureiro
do Sinditêxtil.
A missão empresarial
foi promovida pela FIEP, por meio do Centro Internacional de Negócios, e contou com o apoio da Confederação
Nacional da Indústria – CNI, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações
e Investimento – Apex Brasil, e do China Trade Center – CTC.
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