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Importações - 02/05/2013

Alíquota zero derruba o preço do algodão no mercado interno

Camex atendeu pedido da Abit para isentar a tributação do produto, que antes era de 10%

A aprovação da alíquota zero para a importação de fibra de algodão pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), feita no início de abril, já surtiu efeito no mercado interno. Segundo dados do Centro de Pesquisas Econômicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Cepea), os preços da pluma apresentam queda antes mesmo do início das importações do produto.

O pedido de alíquota zero para a importação de fibra de algodão partiu da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), mas a entidade não trabalhou isoladamente. O volume a ser importado com isenção de impostos – 80 mil toneladas entre maio e julho – foi calculado pela Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) de forma que não prejudique os produtores nacionais. Mesmo assim, o mercado doméstico já reagiu às novas condições de compra.

Os indicadores mais recentes apresentados pelo Cepea mostram que o preço pago pelo produto entre 16 e 23 de abril teve queda de 3,42%, fechando a R$ 2,021/libra-peso de pluma. No mês, o indicador acumula baixa de 6,84%. Apesar de serem poucas as indústrias com possibilidade efetiva de importação, o mercado acaba absorvendo o fato de o produto importado estar mais acessível.

Os pesquisadores apontam também, que as indústrias de modo geral adquiriram um pouco mais de produto que o necessário quando o mercado estava em alta, receosos de que os preços atingissem patamares ainda maiores. Com produto em estoque e a queda de preços, as indústrias estão com mais poder de negociação.

Pedido atendido - Antes da medida que desonerou a importação de algodão, a alíquota do produto era de 10%. A ação aprovada atende a reivindicações do setor privado, já que a entressafra, que ocorre entre os meses de maio e julho, gera escassez de matéria-prima para o setor têxtil. “A medida ajudará a repor os estoques da indústria para abastecer o mercado interno e aumentar nossa competitividade”, diz Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Abit.

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