O nome "jeans" passou a ser usado na década de 1940, nos Estados Unidos, para designar calças de brim índigo blue. Mas a utilização do tecido teve início em meados do século XIX, quando os imigrantes Levi Strauss (da Alemanha) e Jacob Davis (da Letônia) resolveram transformar em roupa a lona que era usada na cobertura de barracas. E desde então a peça nunca caiu de moda. Uma pesquisa do Ibope Inteligência mostra que 46% dos brasileiros usa jeans todos os dias. Apesar de não estar livre da crise do setor têxtil e de confecções dos últimos anos, segmento de jeans cresceu 3,5% em volume de peças e 7,9% em faturamento em 2012.
Para realizar a pesquisa foram entrevistados mil consumidores brasileiros que utilizam jeans, a fim de analisar o comportamento
na hora da compra e no uso de peças. Fizeram parte do público alvo homens e mulheres, entre 18 e 50 anos, das
classes ABC, em 10 capitais. De acordo com o levantamento, o uso diário é maior entre os jovens entre 18 e 24
anos e na cidade de Goiânia (76%), seguida por Brasília (59%) e Curitiba (58%).
Ainda segundo o estudo, a
ocasião predominante de uso do denim é para o trabalho (54%), seguida de lazer (46%). Na avaliação
dos entrevistados, um dos benefícios mais importantes para ocasiões de trabalho é a praticidade (21%)
e, para passear, o caimento no corpo (19%).
Os usuários de jeans compram, em média, sete peças ao ano. Entre as adquiridas com mais frequência estão: calça (85%); bermuda (9%); short (3%) e saia (2%). Grande parte (54%) costuma comprar em magazines ou lojas de departamentos. O segundo local para compra são os pontos de vendas multimarcas (51%), seguido por lojas de marcas próprias (34%) e hipermercados (8%).
Na hora de investir em uma peça jeans os brasileiros pagam, em média, R$ 95. As porcentagens são:
- R$ 40 ou menos (5%);
- entre R$ 41 e R$ 60 (18%);
- entre R$ 61 e R$ 80 (22%);
- entre R$ 81 e R$ 100 (25%);
-
mais que R$ 101 (29%);
Indústria aquecida - O faturamento das fabricantes de jeans no ano passado foi de R$ 7,3 bilhões, segundo projeção do Instituto de Marketing Industrial (Iemi). No mesmo período, a produção nacional de roupas como um todo caiu 5,5% em volume e avançou apenas 2,5% em vendas brutas.
Embora ainda represente uma fatia de apenas 6,1% do consumo de jeans no Brasil, as importações de produtos confeccionados cresceram 8,1% em 2012, ganhando uma pequena participação no mercado, de acordo com o Iemi. Com câmbio favorável a importações e gargalos como altos custos de produção, o preço do produto estrangeiro ficou atrativo, principalmente na área de confecções. Portanto a concorrência com países asiáticos deve aumentar.
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