O setor têxtil encerrou o ano com melhores perspectivas para 2013. Essa é a opinião do presidente do Sinditêxtil, Nelson Furman, que considera que o cenário de 2012 foi negativo para os profissionais da área. “Muitos empresários não tiveram outra saída a não ser demitir funcionários. É visível que a indústria tem sofrido muito com o básico: encargos sociais e impostos muito elevados e a baixa produtividade”, afirma.
Segundo Furman, com encargos mais justos em solo nacional o trabalhador continuaria com todos os benefícios conquistados ao longo dos anos, mas, para isso, o governo precisa desonerar as empresas. Para ele, uma ação que traz boas perspectivas para o novo ano é a medida de redução da tarifa de energia elétrica. “A diminuição é interessante porque nossa matriz energética é uma das mais baratas e a tarifa de energia é uma das mais salgadas do mundo”, explica.
A medida do governo federal foi anunciada pela Presidente da República, Dilma Rousseff, em setembro do ano passado. A tarifa pode ser até 28% menor para indústrias, variando para cada estado. O Paraná ainda aguarda definição, mas o valor médio ficou em 20%. A queda é resultado da renovação das concessões que vencem em 2015 e da redução de encargos setoriais, entre outros fatores.
“O anúncio nos deu a esperança de um 2013 melhor. O jeito para que as empresas continuem crescendo em tempos difíceis é sempre usar a criatividade. E, se tivermos o apoio de nossos governantes, melhor ainda”, destaca. “Somando menores cargas tributárias, desoneração da folha de pagamento e trabalhadores conscientes com foco na produção, o resultado é a competitividade com a indústria internacional de importados. Temos que ser otimistas”, concluiu.
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