O Inmetro publicou
no “Diário Oficial” a portaria 301, que estabelece os requisitos mínimos de segurança para
peças e acessórios automotivos. A medida faz parte do Programa de Certificação Compulsória
de Componentes Automotivos. De acordo com a portaria, os fabricantes e importadores terão até janeiro de 2013
para se adequar às novas normas. Já o comércio terá até julho de 2014 para disponibilizar
no varejo os itens em conformidade.
O grande potencial de risco de acidentes, por conta de não atendimento aos
requisitos mínimos de segurança, foi o principal motivo para que o Inmetro decidisse por iniciar um programa
para avaliar a qualidade das autopeças. Na decisão pesou também um pedido do Sindicato Nacional da Indústria
de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), representante dos fabricantes de autopeças no
país. A obrigatoriedade deverá inibir o comércio ilegal de peças e acessórios falsificados.
A
portaria contempla sete componentes automotivos: amortecedores da suspensão, bombas elétricas de combustível
para motores do ciclo otto, buzinas ou equipamentos similares utilizados em veículos rodoviários automotores,
pistões de liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava (retenção), anéis de pistão,
bronzinas e lâmpadas para veículos automotivos, destinados ao mercado de reposição. Vidros de segurança
de pára-brisas (temperado e laminado), pneus e rodas automotivas já são produtos regulamentados.
“O
objetivo é tornar obrigatório o atendimento a requisitos mínimos de segurança para as autopeças
usadas no mercado de reposição, já que as utilizadas nos veículos novos são submetidas
a um processo de qualificação dos fornecedores, feito pelas montadoras”, afirma em nota diretor de qualidade
do Inmetro, Alfredo Lobo.
De acordo com o Inmetro, a medida, apesar de novidade no Brasil, já é uma realidade
em países da União Européia, nos Estados Unidos e na Austrália. Atualmente, segundo o Sindipeças,
a indústria brasileira de fabricação de autopeças exporta para mais de 60 países e é
considerada a sétima em volume de negócios no país. O Inmetro se baseou nas normas americanas e européias
de certificação de autopeças para elaborar a versão brasileira da obrigatoriedade.
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