A transição para o segundo semestre é o período ideal para as empresas avaliarem a estratégia tributária elaborada no início do ano e fazer ajustes. A economia passou por oscilações ao longo dos primeiros seis meses de 2013. Para segurar a inflação e tentar minimizar as perdas do crescimento, o governo e o Banco Central lançaram mão de medidas que impactam na tributação das empresas. Entre elas a elevação na taxa de juros. Como o sistema tributário brasileiro é complexo, alguns ajustes podem trazer economia significativa para as empresas.
Os especialistas afirmam que, ao tratar a gestão tributária como estratégia de negócios, o ganho tem se revelado promissor. O diretor da Pactum Consultoria Empresarial, Gilson Faust cita exemplos de indústrias que obtiveram economia de 23% nessa área e de empresas atacadistas que alcançaram redução com impostos de 10%. “As premissas que validaram o planejamento estratégico lá atrás já não estão se confirmando. Por isso, quem se debruçar mais sobre o estudo tributário, do presidente ao controller, vai sair ganhando”, enfatiza.
Análise certa para ganho competitivo
Faust aponta que a complexidade do sistema tributário brasileiro pode revelar uma oportunidade a favor das empresas à medida que há espaço para criatividade e para leituras de diferentes cenários. Diante de tantas regras é possível confeccionar modelos de operação empresarial mais eficientes, muitas vezes não percebidos pelos concorrentes. Também atuam como mais uma alternativa as diversas e inúmeras obrigações acessórias criadas pela Receita Federal para cruzamento de informações. Saber decifrar o emaranhado do sistema é essencial. O resultado do trabalho pode representar ganhos ou, ao contrário, aumento do custo tributário ou do risco com multas e juros caso a empresa recolha menos impostos do que deveria.
Além do presidente da companhia, o mais interessado no assunto, um profissional que está sendo valorizado nas organizações é o controller. Cabe a ele acompanhar e garantir a observância de todo sistema, reunindo informações financeiras, corporativas, tributárias e legais para levar ao Fisco. “Ele passa a ocupar importante espaço nas corporações, uma vez que assessora a tomada de importantes decisões para a rentabilidade e diminuição de riscos do empreendimento”, explica Faust.
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