Muitas montadoras com sede no Brasil, 27 no total, não perderem tempo e já se habilitaram para as regras do novo regime automotivo, batizado pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio de Inovar Auto. Elas se comprometeram a modernizar a produção dos veículos no Brasil entre 2013 a 2017, deixando-os menos poluentes, mais econômicos, com mais tecnologia e segurança. A vantagem para as fabricantes de veículos é a redução na tributação. As regras afetam toda a cadeia automotiva, já que as peças de reposição terão que manter a performance do carro saído da fábrica.
A intenção do governo é aumentar a tecnologia dos carros fabricados no Brasil, envolvendo montadoras, autopeças, indústrias de máquinas e equipamentos, fundição e outros setores. Desde outubro do ano passado, data da publicação do decreto, já foram anunciados investimentos na casa dos R$ 5,5 bilhões por parte das montadoras. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea) visualiza que ainda investirão cerca de R$ 14 bilhões em pesquisa, desenvolvimento e engenharia até 2017.
Para Nelson Souza, professor de economia no Instituto Brasileiro de Mercado e Capitais (IBMEC), nossos veículos não são muito bons e são caros em relação a mercados internacionais. Para o consumidor final, na hora da compra de um veículo, ele poderá encontrar, por exemplo, um selo de eficiência energética do Inmetro, igual aos que existem nas geladeiras.
Quanto à tecnologia, na visão de Nelson Souza, o Inovar Auto vai incentivar empresas estrangeiras a trazer suas novidades ao Brasil e a ter cadeia produtiva em nosso país. Já as metas para o consumo de combustível se dão por meio da eficiência energética. Hoje, a média de um veículo fabricado no Brasil está por volta de 14 km/litro (gasolina) e 9,71 km/litro (álcool). O objetivo do Inovar Auto, neste quesito, é que o consumo seja de 17,26 km/litro (gasolina) e 11,96 km/litro (álcool) até 2017 – uma redução de aproximadamente 12%.
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