As exportações do período janeiro a setembro de 2012 atingiram US$ 805,31 milhões e 1,7 milhão de toneladas. Isso significa que houve variação positiva tanto em faturamento (5,95%), quanto em volume físico (2,91%), frente ao mesmo período de 2011. Só para os Estados Unidos a perspectiva é de incremento superior a 10% nas vendas em 2013.
A participação de rochas processadas no total das exportações continua superior ao ano passado. "É provável que essas taxas permaneçam até o final de 2012, podendo fechar o ano com 76% no faturamento e 47% no volume físico exportado", afirma o estudo da Associação Brasileira das Indústrias de Rochas Ornamentais (Abirochas).
O destaque positivo é fruto da persistência do incremento das exportações brasileiras de rochas carbonáticas, mais especificamente de mármores, ao longo de 2012, tanto para blocos, quanto para chapas.
Por outro lado permanece a queda das exportações de produtos de ardósia, de quartzitos foliados, blocos de pedra sabão e possivelmente de chapas e outros produtos de pedra-sabão. "Todas essas exportações são quase integralmente vindas de Minas Gerais, que perde assim sua importância relativa no setor brasileiro de rochas ornamentais", avalia o geólogo Cid Chiodi Filho.
Estados Unidos e China - As exportações no último trimestre de 2012 devem ficar ainda mais aquecidas. Entre os pontos que reforçam essa tendência é a recuperação do mercado imobiliário dos Estados Unidos. O número de construções iniciadas (construção de novas casas), naquele país, somou 872 mil unidades em setembro, com incremento de 15% sobre o mês de agosto. Os alvarás de novas casas, em todas as regiões dos Estados Unidos, tiveram incremento de 11,6% frente ao mês de agosto, somando 894 mil unidades. Segundo vários analistas isto já confirmaria uma trajetória de recuperação sustentável do mercado imobiliário do país.
Vários setores exportadores brasileiros também já estão sendo estimulados pela desoneração da folha de pagamento das empresas, melhoria da taxa de câmbio e redução de juros. Medidas do governo federal que permitiram a primeira redução consistente de preços dos últimos três anos.
Somado a tudo isso existe ainda a perspectiva de que a economia chinesa atinja a meta de crescimento em 2012. Segundo o premiê chinês, Wen Jiabao, a economia do país vai bem e terá crescimento de 7,5% ao final do ano, sinalizando que a sua desaceleração poderia estar perdendo força.
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