O segmento de máquinas agrícolas teve grande desempenho em 2012 e as perspectivas para esse ano são muito boas. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que no ano passado foram vendidas 69,3 mil unidades, 6,2% a mais do que 2011. O crescimento supera a expectativa da entidade, que no início do ano esperava por estagnação desse mercado. A previsão para 2013 é de que as vendas de máquinas cresçam de 4% a 5%.
A maior parte das máquinas vendidas foi de tratores de rodas 55,8 mil unidades, o que representou um crescimento de 6,7% em relação a 2011. Em segundo lugar, com bastante distância, vieram as colheitadeiras, com 6,2 mil unidades vendidas, mas que corresponderam a um acréscimo de 17,6%. O único tipo de equipamento que teve desempenho negativo foi o de retroescavadeiras. As 4,8 mil máquinas vendidas representaram retração de - 9,1% na comparação com o ano passado. O principal motivo foi a diminuição no ritmo das obras públicas.
“O volume de 2012 só não é superior ao registrado em 1976, quando o País, que passava por processo de ocupação do Centro-Oeste e Norte, fez uma grande aquisição de tratores para os agricultores desenvolverem as regiões”, explica Milton Rego, diretor da Anfavea.
Segundo o executivo, de janeiro a agosto de 2012, as vendas mensais de máquinas foram inferiores aos volumes registrados em 2011. Nesse período, o mercado havia crescido apenas 0,5%. Em setembro, no entanto, o segmento começou a apresentar crescimento por dois motivos: o aumento dos preços de commodities com a quebra da safra americana, e a redução do Finame para 2,5%. Somente em dezembro foram vendidas 5,7 mil máquinas, 41,8% a mais do que o mesmo mês de 2011.
Perspectivas - A produção de máquinas, com o aquecimento das vendas, já apresenta indícios de retomada. De janeiro a dezembro de 2012 foram fabricados 83,6 mil unidades, alta de 2,6% sobre o mesmo período de 2011. Desse total, 5,7 mil foram fabricadas no último mês do ano, 4,4% a mais que em 2011.
A previsão da Anfavea é que 73 mil unidades sejam vendidas em 2013. “Isso será possível por conta da manutenção do PSI Finame, que terá taxa de 3% ao ano no primeiro semestre e de 3,5% no segundo”, declara Milton Rego. A produção, por sua vez, deve chegar a 86,2 mil, aumento de 3,1%.
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