As obras de infraestrutura para a Copa do Mundo no Brasil, que acontece em 2014, devem reforçar a produção siderúrgica nacional. Por enquanto os números mostram que no setor de construção civil a opção está sendo por material importado em função do menor custo, o que vem se refletindo em queda de produção no Brasil. A expectativa para o segmento é que com a proximidade dos jogos o quadro fique mais equilibrado.
Segundo informações do Instituto do Aço Brasil, a produção brasileira de aço bruto foi de 2,8 milhões de toneladas em agosto, representando queda de 6,3% na comparação com o mesmo mês de 2011. Já em relação aos laminados, a fabricação em agosto, de 2,3 milhões de toneladas, apresentou crescimento de 6,6%. A produção acumulada em 2012 totalizou 23,2 milhões de toneladas de aço bruto e 17,7 milhões de toneladas de laminados, redução de 3,33% e aumento de 3,4%, respectivamente, sobre o mesmo período do ano passado.
Apesar da queda, projeções da Tendências Consultoria, dão conta de que a produção de aço bruto deve ter um crescimento médio de 9,1% ainda este ano. Contudo o aumento mais concentrado se dará em 2014, ano da Copa do Mundo. Mas por enquanto o cenário não é favorável. "Hoje há desaquecimento na produção de aço, já perfilados houve pequeno aumento, mas a importação ainda continua sendo uma opção mais vantajosa para as construtoras", afirma Jerri Adriani Chequin, analista de Fomento e Desenvolvimento da Fiep.
Desequilíbrio - O segmento de produtos de aço para a construção civil em 2011 sofreu um baque em decorrência do forte aumento das importações, ficando negativo em pouco mais de US$ 100 milhões. O saldo comercial dessa indústria tornou-se negativo a partir de 2009, refletindo a queda acentuada das exportações, que não conseguiram mais retornar ao patamar de 2008.
Em 2010, o saldo negativo aumentou mais fortemente, tendo atingindo US$ 418 milhões em decorrência da expressiva
expansão das importações, que registraram crescimento de 105% em comparação com 2008. Nos
primeiros cinco meses de 2012, o saldo negativo dos produtos siderúrgicos direcionados para a construção
voltou a aumentar. "Vale observar que a penetração das importações no mercado interno já
alcança 10%", ressalta o analista.
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