O setor de máquinas e implementos agrícolas encerrou o mês de fevereiro com faturamento de R$ 920 milhões. O valor representa um crescimento de 28,4% em relação a janeiro. O número é relevante, principalmente quando comparado com a média do segmento, que cresceu 13,9% ante janeiro, mas com recuo no consumo de 1,4%. Já na comparação com o primeiro bimestre do ano passado, houve recuo de 7% no faturamento, totalizando R$ 5,9 bilhões.
Ao contrário dos demais setores de máquinas e equipamentos, o segmento agrícola obteve aumento de 20,4% nas vendas em fevereiro, segundo os dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). No acumulado de 2013, as vendas do setor apresentaram incremento de 12,9% em relação ao mesmo período do ano passado, somando R$ 1,66 bilhões.
Outro lado – Mas, se o setor agrário está em alta, o mesmo não pode ser comemorado pelo restante do segmento. Um dos motivos é o desequilíbrio na balança comercial. As exportações do setor recuaram quase 20% neste primeiro bimestre. Para Luiz Aubert, presidente da Abimaq, ainda prevalece o cenário de perda de competitividade da indústria local, apesar da desvalorização do câmbio observada no ano passado, que trouxe a taxa de câmbio de cerca de R$ 1,80 para R$ 2. "Com a recuperação do dólar, vínhamos recuperando as vendas externas. Mas, no fim do ano, entramos numa montanha russa", disse o executivo.
A queda na produção da indústria brasileira, que recuou 2,5% em fevereiro deste ano com relação ao mês anterior, confirmam o desânimo do dirigente da Abimaq. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o crescimento de 2,6% registrado em janeiro foi praticamente zerado no mês seguinte. Essa foi a maior queda desde dezembro de 2008, quando o índice havia apontado baixa de 12,2%.
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