Faturamento será maior em 2013, prevê Abimaq

O ano de 2013 começa com boas perspectivas para o setor de máquinas e equipamentos. É o que diz a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Por conta das ações do governo, a expectativa para 2013 é de crescimento no faturamento do setor de 5% a 7%, mesmo aumento previsto para a produção. Uma das maiores questões que pode influenciar para índices ainda melhores é a relação do câmbio do real e o dólar. Para os empresários, a moeda americana precisa ser valorizada.

A indústria de máquinas encerrou 2012 com um nível de utilização de capacidade instalada de 75,6%, o pior nível dos últimos 40 anos, e queda de 5,2 pontos percentuais sobre 2011, segundo a Abimaq. Houve queda de 3% no faturamento do ano passado, que chegou a R$ 80 bilhões de reais.

"Há uma sensação de que vai melhorar e achamos que as medidas do governo vão surtir efeito. Não esperamos milagres, mas esperamos crescimento do investimento", disse o assessor econômico da presidência da Abimaq, Mario Bernardini.

Entre as medidas citadas pela entidade estão: a queda dos juros, redução nas tarifas de energia e desoneração da folha de pagamentos de vários setores, incluindo o de máquinas e equipamentos.

A expectativa da Abimaq é que a taxa de investimento no país cresça acima de 5% em 2013 ante uma previsão de queda de 4% em 2012. O dado final sobre o desempenho da economia no ano passado deve ser divulgado em março pelo IBGE.

Câmbio – A entidade mostrou preocupação com a recente desvalorização do dólar, que caiu abaixo do patamar de dois reais pela primeira vez em sete meses, levando o mercado a acreditar que o câmbio está sendo usado como instrumento para conter a inflação. "Deveríamos estudar formas de levar o câmbio para o patamar de 2,30 real e minimizar o impacto da inflação", comentou o presidente da entidade Luiz Aubert Neto.

“As linhas de crédito atrativas e câmbio mais favorável tornam as máquinas produzidas no Brasil mais competitivas em relação às importadas”, avalia Jerri Adriani Chequin, analista de Fomento e Desenvolvimento da Fiep.

Em 2012, o déficit da balança comercial do setor de máquinas e equipamentos somou US$ 16,82 bilhões, o que elevou o déficit acumulado desde 2004 a US$ 70 bilhões.

Porém, apesar de negativo, foi o primeiro resultado com diminuição no desequilíbrio frente ao ano anterior desde 2004. Em 2011, o déficit foi de US$ 17,88 bilhões de dólares. Com isso, a participação das exportações no faturamento do setor subiu para 33% em 2012, contra 25% em 2011.