Durante seminário para “Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Erva-Mate na Fronteira”, realizado sexta-feira, dia 19 de julho, no Centro de Convenções, o prefeito Ludimar Novais destacou a importância dos ervais para a economia e a cultura dos municípios da região de fronteira. O evento contou com apoio do senador Waldemir Moka (PMDB), com a realização do Governo Federal através da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (SUDECO). Ao fazer a abertura do evento que fez parte das comemorações alusivas ao 101º aniversário de emancipação político-administrativa de Ponta Porã, o prefeito Ludimar Novais destacou que já tinha discutido durante audiência com o senador Moka, em Brasília, a realização do seminário para o “Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Erva-Mate na Fronteira”. Ludimar disse que no início do povoamento de Ponta Porã a erva-mate era uma planta nativa, mas devido a exploração e falta de investimentos boa parte do que se consome hoje é importada. “O tereré é a bebida do sul-mato-grossense. Isso já faz parte da nossa cultura e é motivos para que possamos nos reunir para conversar com os amigos. Na época do frio tomamos o mate quente. Sabemos que outras tentativas foram feitas para resgatar o plantio de erva-mate, mas nada como esse seminário, cujo foco principal neste momento são os pequenos produtores assentados no nosso município”, disse. Segundo o prefeito as dificuldades serão vencidas com muito trabalho. “O assentado não deve receber apenas as mudas, mas precisa contar com a assistência técnica. Se cada um aqui fizer sua parte, com certeza vamos ver as plantas de erva-mate florescer novamente em Ponta Porã e nos demais municípios da região. Podem produzir , que vocês terão garantia para fazer a comercialização. Neste primeiro momento o foco são os assentados, mas pode ser expandido para todos os produtores. Temos que resgatar aquilo que faz parte da nossa história porque a princesinha há muito tempo está sem os seus ervais”, destacou. O superintendente da Sudeco, Marcelo Dourado, falou em nome do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. “Acredito na força de união e devemos somar as forças do Governo Federal com o Estado e com os Municípios. O senador Moka conseguiu juntar os elos para a construção desse momento de integração, que visa resgatar o cultivo de uma planta representa uma grande cultura. Aqui estão as pessoas certas, remando numa mesma direção e esse projeto não tem como dar errado”, afirma. Dourado disse que na primeira fase do projeto lançado em Ponta Porã o Governo Federal vai liberar R$ 2,5 milhões e depois mais R$ 2,5 milhões. “Esse é o momento de somar e multiplicar. O projeto de fortalecimento da erva-mate que estamos começando agora é para cinco ou seis anos. “Posso garantir para vocês que não tem como dar errado, vamos ganhar essa partida, só precisamos estar focados no que pretendemos fazer de agora para frente”, ressalta. O senador Waldemir Moka idealizador da proposta disse que não adianta apenas dar a muda para o produtor. “Sobre isso nós temos experiência e sabemos que não adianta. Tem que dar a muda e tem que ter extensão rural para orientar. Hoje não se planta erva sozinho, é importante ter um consórcio. Temos estudos que apontam que um hectare de erva-mate pode gerar uma renda de R$ 10 mil e não é difícil plantar dois hectares e isso pode representar uma bela renda. Temos Antônio João aqui bem pertinho é uma cidade onde a erva é uma tradição e Ponta Porã que é conhecida no Brasil inteiro como a princezinha dos ervais e que teve aqui a Companhia Mate Laranjeira, que retrata uma época de ouro”. Também é importante destacar, disse Moka, que a erva mate é uma cultura permanente e que pode resolver o problema da reserva legal. “Esse é um projeto que tem como foco os assentamentos, mas não é específico apenas para eles. Eles têm prioridade, mas pode atender outros produtores também. O ministro nos garantir que estão sendo liberados R$ 5 milhões, mas de acordo com o desenvolvimento do projeto poderemos chegar a R$ 20 milhões e por isso todos os recursos devem ser empregados única e exclusivamente na execução do projeto. Não podemos perder esse foco”, ressaltou. A Mesa que dirigiu os trabalhos durante o seminário foi composta pelo prefeito Ludimar Novais, pelo superintendente da Sudeco, Marcelo Dourados; senador Waldemir Moka; secretária da Produção de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina Corrêa da Costa; pelo presidente da Câmara Municipal de Ponta Porã, Caio Augusto; pelos prefeitos Murilo Zauith, Dourados; Sérgio Diozébio Barbosa, Amambai; Edson de David, Aral Moreira; Paulo Pedro Rodrigues, Tacuru; José Roberto Arcoverde, Iguatemi; Itamar Bilibio, Laguna Carapã; e Selso Lozano, de Antônio João.
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