O associativismo é o princípio para o desenvolvimento de uma sociedade. É a expressão e exercício de cidadania, de liberdade e de vida democrática. É a forma de união de povos, das comunidades e das profissões que procuram alcançar objetivos comuns, estabelecendo personalidades jurídicas próprias, sem interesses econômicos. Regido por princípios de liberdade, democracia e solidariedade - uma vez que a adesão é tão livre quanta a saída - é baseado na igualdade entre seus membros e representa a congregação de esforços dos associados em torno de interesses comuns.
Os estatutos trazem grandes objetivos e estabelecem regras comportamentais e éticas aos associados visando a gestão para melhor atingir os objetivos. Toda a gestão é orientada para a organização de atividades que conduzem à satisfação das necessidades dos associados, diversificadas e em seguida ampliadas na medida em que os anos passam e a sociedade evolui e com ela, também, as mentalidades, as técnicas, os meios e a cultura.
Enfrentamos uma série de mudanças em relação a conceitos, tecnologia, educação e informação. Os objetivos humanos têm se distanciado uns dos outros, numa série de expectativas voltadas a satisfazer as insaciáveis e diferentes necessidades imediatistas dos profissionais.
Tais anseios não estão pura e simplesmente ligados a bens materiais, mas também a segurança, saúde, educação e diversão, que são primordiais para todo indivíduo e, portanto, para toda sociedade.
Todo ser humano tem necessidades e objetivos individuais e imediatistas, porém muitos deles em comuns. Com base neste raciocínio, refletimos sobre a importância do associativismo para alcançar os objetivos comuns. Ele consiste na união de pessoas em prol das mesmas metas, de forma organizada, com efeito em nossas famílias, na escola ou em um grupo de amigos.
A convergência de interesses de empresas concorrentes só é possível se o concorrente for visualizado como um parceiro, e não um inimigo. O fortalecimento do associativismo mostra que aprendemos a cada dia que, sozinhos, somas presas fáceis. A união de esforços nas convergências se concretiza em força e representatividade em todas as esferas, quer sejam politicas, econômicas, sociais ou culturais.
Nesta reflexão, precisamos entender que não existe associação sem a participação efetiva dos associados, e esta participação ativa e entendida como pré-condição fundamental para o fortalecimento de uma associação e principalmente das profissões.
As dificuldades da vida moderna apresentam o dilema que traz o domínio do "ou" em detrimento da genialidade do "e": mudar OU ser estável - ideologia central E mudanças; aprimoramento técnico OU família - aprimoramento técnico E família; custo baixo OU qualidade no trabalho - qualidade no trabalho E custo baixo; participação OU oposição - oposição E muita participação.
Os segredos de sucesso de uma associação dependem dos seguintes fatores: divisão de tarefas; promoção e rotatividade das funções dentro do grupo despertando a motivação e a necessidade de participação; dinamismo e motivação para o trabalho associativo; desenvolvimento de empatia, entusiasmo e outras competências sociais; fortalecimento dos conhecimentos sobre questões de organização, gestão, liderança, motivação e formação de grupos; implantação de gestão colaborativa; liderança compartilhada; valorização e promoção da ética profissional; representação e participação nas políticas públicas de desenvolvimento local e regional; responsabilidade social como valor intrínseco na organização e definição de objetivos estratégicos, a partir dos interesses dos associados.
Além disso, outro item fundamental e que é base para o sucesso de uma organização associativa é a participação dos associados. E esta só depende de cada um de nós.
*Claudemir Marcos Prattes é administrador, gestor da Assessoria de Apoio às Entidades de Classe do CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná)
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