Em 2011, Brasil e Chile enviaram, depois de cinco anos, um novo carregamento de cavaco para indústrias de celulose na China. O volume exportado para o país ainda é pequeno, mas o movimento reabriu as negociações com o Oriente, que estavam estagnadas. O Japão ainda permanece como o principal mercado comprador no Oriente. O grande atrativo é o valor pago pelo cavaco, superior ao oferecido pelos chineses.
O volume total de cavaco exportado por Brasil e Chile para a China ano passado foi de 100 mil toneladas. Isso aconteceu depois de uma estagnação que vinha desde 2006. Com a rápida expansão da indústria de celulose na China, a necessidade por fibra de madeira cresceu rapidamente. Os fornecedores tradicionais não deram mais conta, e por isso a lista de países que vendem para a China aumentou de três para oito em menos de um ano.
O produto vindo de Brasil e Chile representa somente 3% de todo o cavaco da madeira dura importado pela China até o primeiro semestre do ano. A explicação para o baixo volume é que para os padrões chineses trata-se do resíduo de madeira mais caro a desembarcar no país, segundo informações da Wood Resource International.
Exatamente por isso, a participação latino-americana não deve se intensificar, apesar do tigre asiático necessitar de fontes adicionais de abastecimento. A tendência é que os chineses continuem priorizando o material vindo de países mais próximos como Vietnam, Tailândia, Indonésia e Austrália.
País do Sol Nascente – Os exportadores do Brasil e Chile devem manter o foco no Japão, que valoriza mais o produto. Durante os primeiros seis meses de 2012, Chile foi o maior fornecedor de cavaco de madeira dura para as plantas de celulose japonesas, seguido pela Austrália, que geograficamente está bem mais próxima. Em poucos anos, a participação do Chile subiu de 17% para 27% alcançados nesse ano. Como o produto chileno é mais barato do que o australiano, mesmo com o deslocamento, a tendência de aumento nos volumes deve persistir.
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