Durante reunião do Conselho Setorial da Madeira da Fiep, foram apresentados dados sobre o comércio de produtos de madeira, ações para melhoria de infraestrutura para escoamento da produção e mudanças de comportamento por conta da Lei de Logística Reversa. Participaram do encontro do dia 28 de novembro, realizado no Cietep, em Curitiba, empresários do Paraná, Santa Catarina e representantes de sindicatos empresariais.
A palestra de abertura do professor e pesquisador Ivan Tomaselli mostrou a situação comercial de produtos, em particular da madeira serrada e compensado. “A produção mundial de madeira serrada é praticamente a mesma desde 1992 até hoje, de 400 milhões de metros quadrados”, afirma Tomaselli. Em termos reais isso quer dizer que houve uma redução acentuada no consumo desse produto já que nesse mesmo período a população mundial aumentou em 30% e a economia cresceu 70%.
Os últimos dados mundiais de produção de compensado da STCP Engenharia de Projetos (1990 a 2006) apontam crescimento de pouco mais de 50 milhões de metros cúbicos registrados em 90 para quase 70 milhões no último ano contabilizado. O que chama atenção é a preferência pelo produto à base de espécies coníferas, como o pinus, que obteve taxa anual de crescimento de 4,4%, enquanto as não-coníferas aumentaram somente 0,5%. No acumulado dos 16 anos avaliados a distância fica mais evidente: aumento de 100,8% para o primeiro produto e 9,1% para o segundo.
Ao final da apresentação o pesquisador afirmou que se as tendências do comércio de madeira serrada permanecerem as mesmas não haverá espaço para novos empreendimentos, nem falta de matéria-prima. Por outro lado, ele indicou que é necessário diversificar produtos e mercados. “É importante investir em tecnologia, basta ver quantas vezes trocamos de computador nos últimos 10 anos, o mesmo se aplica às indústrias”, afirma Tomaselli. Outras considerações apresentadas por ele apontam para busca de alternativas que melhorem aspectos de logística, questões tributárias e atendimento das especificações de produtos a novos mercados.
Resíduo e logística – Em seguida o assessor da presidência da Fiep, Irineu Roveda Junior explicou a ação da entidade que incluiu a indústria nas discussões para implementação da Lei de Logística Reversa que começa a ser implantada no próximo ano no Paraná.
Encerrando a reunião o consultor do Conselho de Infraestrutura da Fiep, João Arthur Mohr apresentou o trabalho de articulação junto ao governo federal e Estadual para a melhoria de infraestrutura na escoação de produtos e movimentação de carga. Existem projetos de ampliação no Porto de Paranaguá que já estão em execução e outros que ainda aguardam a assinatura oficial: como a construção da nova linha férrea de Guarapuava ao Porto de Paranaguá e melhorias em estradas importantes. Todos esses projetos chegaram ao governo por meio do Fórum Permanente Futuro 10 Paraná, coordenado pela Fiep.
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