O setor de madeira processada vai buscar junto ao governo federal três importantes incentivos para conferir mais competitividade às empresas. A ação prioritária da Associação Brasileira de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci) foi informada aos associados durante a reunião realizada no Cietep, no dia 28 de novembro, em Curitiba. Nos dias 5 e 6 de dezembro uma delegação da entidade vai apresentar ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior os números e argumentos que desonerem produtos, folha de pagamento das indústrias e as exportações para os Estados Unidos.
De acordo com o presidente do Sindipal, Roni Marini, a reunião é importante para o desenvolvimento do setor. “Todos tem interesses em comum que visam o crescimento do segmento, por isso é fundamental que ocorra a troca de informações entre os empresários”, afirma.
Entre as chapas de madeira a única em que ainda incide a alíquota de 5% de Impostos sobre Produto Industrializados (IPI) é o compensado. Após vários contatos com ministros do governo Dilma Rousseff, as conversas estão bem adiantadas. Por isso existe a expectativa de que após a reunião do início de dezembro essa taxa caia para zero.
Outro pleito da entidade é a inclusão, de forma optativa, do setor de madeira no Plano Brasil Maior que desonera a folha de pagamento. Dessa maneira as empresas poderiam escolher o que seria menos oneroso. Deixar de pagar os 20% da contribuição patronal do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que incide sobre os salários e recolher de 1% a 2% da receita bruta como contribuição previdenciária ou manter a tributação atual. “Depende do tamanho da empresa, uma que tenha 100 funcionários, por exemplo, será beneficiada”, afirma Paulo Roberto Pupo, superintendente da Abimci e coordenador do Conselho Setorial da Madeira da Fiep.
A inclusão de produtos de madeira no Sistema Geral de Preferências (SGP) dos Estados Unidos, uma medida que pode ser articulada pelo governo brasileiro, também será solicitada. Sem esse incentivo comercial os compensados brasileiros são taxados em 8%, o que resultou em enorme queda nas exportações para aquele país. Em 2006 o produto brasileiro ultrapassava 50% das importações americanas, atualmente o índice caiu para 1,4%. “O Chile não precisa pagar essa taxa e isso dá uma enorme vantagem competitiva para nossos concorrentes”, afirma Pupo.
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