Boletim Sindicato da Madeira PG - Novembro
Os investimentos das construtoras em apartamentos compactos e funcionais para atender o perfil de famílias menores também incentiva a procura por móveis planejados ou sob medida. Com mais facilidade de acesso a crédito para comprar o produto, os consumidores estão mais dispostos a investir na mobília que se encaixe no perfil da nova residência. A tendência é de que esse perfil de comprador cresça ainda mais nos próximos anos.
Segundo dados do último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, o número de moradores por domicílio caiu 13,2% no período de dez anos, passando de 3,8 para 3,3, o que confirma a diminuição do tamanho das famílias. O número de apartamentos de 40 a 70 metros quadrados vem aumentando neste período. Outro dado que reforça essa tendência é de que o grupo de pessoas solteiras no Brasil corresponde a 47,1 milhões, segundo pesquisa do Data Popular.
Com olhos nesse cenário, empresas e designers de móveis investem cada vez mais no mobiliário que se encaixe tanto no bolso desses consumidores quanto no aproveitamento de espaço das peças. O consumidor avalia principalmente três aspectos na escolha por móvel planejado ou sob medida: custo-benefício, relação entre espaço da planta e móvel planejado e possibilidade de mudança no futuro próximo.
Para o proprietário da Florense, Luiz Carlos Pelizzer, os móveis planejados têm como vantagem a praticidade. "Se mudar de residência ou a família aumentar, o cliente tem a facilidade de dimensionar o produto de acordo com a necessidade", diz. Em caso de mudança, é possível alterar a configuração do móvel planejado para adaptação ao novo espaço.
Para a arquiteta Adriana Lima, decorar apartamentos pequenos, de 60 metros quadrados, por exemplo, é um desafio. "Um espaço pequeno exige mais soluções arquitetônicas de interiores, que agregam mais valores de uma vez só. O projeto torna-se mais detalhado e complicado do que de um espaço mais amplo", compara. Nesses casos, as pessoas que estão dispostas a pagar um pouco mais preferem os móveis sob medida.
Financiamento - O consumidor conta atualmente com diversas linhas de crédito que podem ser usadas O dinheiro pode ser usado na construção, reforma, compra dos eletrodomésticos ou decoração. Os gastos mínimos com essa etapa representam 10% do valor do imóvel e podem ser parcelados em até 60 vezes nos bancos. Os juros variam de 1,98% a 3,80%. É uma grande diferença em comparação ao que as lojas oferecem. Nos estabelecimentos, é possível fazer parcelamentos em até 12 vezes, no caso do valor à vista, ou de até 36 vezes, com juros médios de 3,19%, nas financeiras parceiras.
O Itaú fornece crédito de até R$ 300 mil a seus clientes. Também voltado para os correntistas, o Banco do Brasil disponibiliza o valor máximo de R$ 50 mil. Já o Bradesco libera até 70% do valor do imóvel para clientes. Para conseguir o financiamento com a Caixa Econômica Federal, não é preciso ter conta no banco. O valor-base emprestado é de R$ 30 mil. Na compra dos móveis nas lojas conveniadas, a Losango, instituição financeira do HSBC, não limita o valor.
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