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LOGISTICA REVERSA - 02/07/2013

Indústria paranaense discute sobre logística reversa

A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) finalizam, no início de julho, uma série de reuniões para definir cronogramas para a implantação de planos setoriais de logística reversa na indústria paranaense.

As atividades – que incluíram mais de 30 reuniões oficiais de sensibilização e de trabalho, além de diversos outros encontros de articulação – envolvem 14 cadeias produtivas. O trabalho de estruturação dos planos continua no segundo semestre, com a previsão de que ações concretas sejam implantadas já no início de 2014.

As atividades conjuntas entre Fiep e Sema nessa área são decorrência de um termo de compromisso assinado em dezembro passado entre a entidade e o governo do Estado. Com a medida, a indústria paranaense se comprometeu a adequar seus processos para atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada pelo Congresso Nacional em 2010. A política instituiu, entre outros pontos, a obrigatoriedade da logística reversa – o caminho contrário que o produto faz após o seu consumo, passando por toda cadeia produtiva, voltando até o fabricante, que lhe dará a destinação final ambientalmente correta. Prática que envolve também o comércio, importadores e os consumidores, entre outros atores.

Na Fiep, a questão está sendo tratada pelo Conselho Temático de Meio Ambiente, com apoio técnico da Gerência de Fomento e Desenvolvimento. Irineu Roveda Junior, assessor da presidência da Federação e coordenador do Comitê de Logística Reversa do Conselho, explica que o ciclo de reuniões setoriais realizado no primeiro semestre é mais uma etapa do processo de construção conjunta de soluções para o tema. “Desde o primeiro dia que nos reunimos com a Sema, a Fiep e o setor industrial do Paraná já iniciaram uma discussão concreta sobre a logística reversa, com todos os segmentos participando e atuando em sinergia para buscar soluções em conjunto com os órgãos ambientais”, afirma.

A partir da data de suas respectivas reuniões, as diferentes cadeias produtivas têm 60 dias para fechar um cronograma de ações que pretendem adotar para finalizar a elaboração de seus planos setoriais. Depois disso, terão mais 180 dias para estruturar as estratégias previstas nos cronogramas, concretizar essas ações e colocar em prática o processo de logística reversa. Além dos 14 segmentos envolvidos, outros dois que têm atuação no Paraná – Fumo e Automotivo – participam de discussões que ocorrem em âmbito nacional.

Para Laerty Dudas, da coordenadoria de Resíduos Sólidos da Sema, o diálogo com cada um dos segmentos industriais é fundamental para garantir o sucesso do processo de Logística Reversa no Paraná. “A ideia é sentir quais são as dificuldades de cada setor e buscar soluções conjuntas”, diz. Além disso, ele aponta a educação da população e a possibilidade de geração de novos negócios a partir dos resíduos como outros pontos importantes. “Os segmentos precisam nos dizer o pepino que têm nas mãos e, a partir daí, o governo do Estado vai buscar os parceiros que possam utilizar esse pepino como matéria prima”, ilustra Dudas. “Para isso, toda a cadeia produtiva daquele segmento tem que ser envolvida na discussão”, completa.

Fonte: ICnews

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