Além disso, a partir de agora, para receber recursos do governo federal para as ações de saneamento,
os municípios precisam apresentar um plano de gestão de resíduos. Entretanto, até agora, apenas
10% deles terminaram ou estão finalizando seus planos. "Quando as prefeituras entrarem no sistema de convênios, solicitarem um recurso para comprar um caminhão,
para montar um aterro sanitário, para fazer uma intervenção na área de resíduos sólidos,
terão que apresentar o plano junto com o pleito", disse o gerente de projetos do Ministério do Meio Ambiente,
Ronaldo Hipólito. O presidente da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente, Mauro Buarque, avalia
que os municípios precisam de mais tempo para finalizar seus planos de gestão. Mesmo aqueles que já começaram
e estão trabalhando em conjunto com cidades vizinhas precisam correr para cumprir a meta de acabar com os lixões. "Eventualmente, haverá consórcios para desenvolver infraestrutura para atender a mais de um município,
e isso tudo leva muito tempo, porque depende de autorização legislativa, tem que tramitar em todas as câmaras
dos municípios envolvidos", disse Buarque. Já o deputado Alberto Mourão (PSDB-SP) ressalta outro ponto que precisa de envolvimento municipal: o retorno
dos resíduos para as indústrias. "Sem os municípios, não vai se conseguir implantar a política
da logística reversa, pois a indústria vai ter dificuldade de buscar esse material", observou. Para que os municípios cumpram os prazos da lei, Alberto Mourão defende que o governo federal e os estados
homologuem os equipamentos e as tecnologias autorizadas na área de tratamento de
resíduos. Ele argumenta que alguns municípios apresentam planos que depois são barrados nos órgãos
ambientais estaduais e federais. Fonte: Agência Câmara de Notícias
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