Sincabima
Sincabima
Restrições Argentinas - 19/01/2012

Medidas Argentinas devem prejudicar indústria do Paraná

Produtos Brasileiros

FONTE: GAZETA DO POVO (PR)

Medidas argentinas devem prejudicar indústria do Paraná

 
Barreiras protecionistas que entram em vigor no dia 1.º dificultam o acesso ao mercado do segundo maior parceiro comercial do estado
As medidas impostas pelo governo argentino sobre todas as importações feitas pelo país já causam preocupação nos empresários paranaenses. Sem saber o rigor do aperto anunciado pelo governo nem os prazos que deverão ser respeitados, a indústria do estado já prevê dificuldades nos negócios com o país vizinho.
Na semana passada, o governo argentino anunciou uma norma que obriga todos os importadores do país a, antes de fechar negócio, enviar relatórios prévios aos organismos que regulam o comércio internacional no país que decidirão se a importação será ou não liberada. As condições para a autorização e os prazos previstos para cada processo não são informados pelo governo argentino. A resolução passa a valer em 1.º de fevereiro.
As arbitrariedades que podem ocorrer nessas condições causam insegurança no empresariado paranaense, já que a Argentina é o segundo maior parceiro comercial do estado, abaixo apenas da China. Em 2011, a corrente total de comércio com o país vizinho foi de US$ 3,8 bilhões.
Sem surpresas
De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, a situação é indesejável, mas não é tida como surpresa, uma vez que a Argentina "busca de maneira recorrente mecanismos para diminuir sua importação e melhorar seu superávit comercial".
Alguns setores produtivos do estado já sinalizam que podem perder espaço no mercado argentino, segundo Campag­nolo. Um deles seria o de louças, que já buscou a Fiep para tentar recuperar a competitividade na relação comercial com o país vizinho.
Outra preocupação da federação é com as pequenas e microexportadoras de diversos setores. Campagnolo afirma que essas empresas apresentam maiores dificuldades em momentos de apertos nas vendas, muitas vezes tendo seus negócios "inviabilizados prontamente".
Tiro no pé
Para o presidente da Fiep, a posição argentina pode ser vista como um "tiro no pé", já que parte de seus empresários depende em boa parte de produtos e insumos brasileiros. "Além disso, há a possibilidade grande de uma retaliação por parte do governo brasileiro, o que prejudicaria muito a Argentina, assim como o Paraná, que também compra grandes volumes de empresas do país vizinho", afirma. Para ele, uma solução por vias diplomáticas poderia beneficiar o estado e também as relações do Mercosul.
Tributos
Setor têxtil pede redução de imposto
Em entrevista à Gazeta do Povo, o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, deu apoio à Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), que pede uma redução tributária.
No ano passado, o governo federal acabou com a contribuição previdenciária de uma série de setores industriais e, em troca, estabeleceu um imposto de 1,5% sobre o faturamento bruto das empresas. As organizações do setor têxtil, no entanto, querem que a alíquota seja de 0,8%.
Para Campagnolo, que atua nesse setor, a tarifa que vem sendo cobrada pode ser prejudicial. "Para empresas de grande porte trabalham com muitas máquinas e poucos empregados, o que faz com que essa alíquota de 1,5% seja mais onerosa do o tributo anterior", diz. Segundo ele, uma alíquota de 1% que atingisse os setores têxtil e de vestuário poderia equilibrar a equação e deixar o segmento competitivo "até mesmo com os produtos asiáticos".

FONTE FIEP:

 

 

Deixe seu coment�rio

Site Seu blog ou p�gina pessoal


1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
2. S�o um espa�o para troca de id�ias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza. e
5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de id�ias.

 Aceito receber comunica��o da Fiep e seus parceiros por e-mail