PR deve estimular produção de biodiesel
O Paraná tem potencial, vocação no cultivo de oleaginosas e um setor de cooperativismo bem organizado para ingressar no programa
de biodiesel. O que falta é criar um ambiente de negócios para estimular o início da produção.
O Paraná tem potencial, vocação no cultivo de oleaginosas e um setor de cooperativismo bem organizado para ingressar no programa
de biodiesel. O que falta é criar um ambiente de negócios para estimular o início da produção. A opinião é do coordenador
do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Arnoldo de Campos,
que participou, ontem, em Curitiba, do 1º Encontro Luso-Brasileiro de Negócios em Biocombustíveis, falando sobre os incentivos
do governo federal para essa área.
Para Campos, a possibilidade do Paraná estreitar relacionamento e firmar parcerias com Portugal para produção e comercialização
de biocombustíveis já é um passo importante. ''Algumas empresas portuguesas anunciaram, aqui no evento, investimentos relativamente
altos para produzir biodiesel, o que é extremamente interessante, considerando que um dos destinos é a exportação'', reforçou.
De acordo com Campos, nenhuma das 14 indústrias já certificadas pelo governo federal com o ''Selo Combustível Social'', nem
as outras dez que se inscreveram para obter a certificação, está instalada no Paraná. O selo é um dos incentivos oferecidos
pelo governo federal de redução de impostos para as indústrias que usam matéria-prima de agricultores familiares. Na Região
Sul, apenas o Rio Grande do Sul já tem três usinas em funcionamento, das quais uma possui o certificado.
Segundo o embaixador de Portugal no Brasil, Seixas da Costa, também presente no evento, estão surgindo novas e promissoras
oportunidades de negócios entre o Brasil e Portugal. ''O Brasil assumiu um papel de liderança mundial no consumo, produção
e pesquisa no setor de biocombustíveis. A cooperação entre o Brasil e a União Européia trará benefícios mútuos que passam
por causas ambientais até ao desenvolvimento sustentável'', afirmou em nota da Agência Estadual de Notícias.
Apesar do ritmo lento das pesquisas e dos investimentos ainda incipientes, o precursor do biocombustível no Brasil, professor
Expedito Parente, acredita que a produção brasileira evolua a ponto de abastecer o mercado europeu. ''O programa está no começo
e é muito grande. Então, é natural que haja uma certa inércia'', ponderou.
Fonte: RETEC apud SEBRAE
www.pr.retec.org.br
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