Simadi
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. - 20/09/2011

Videoconferência lança nacionalmente o movimento A Sombra do Imposto

Transmissão foi acompanhada por lideranças empresariais de 20 capitais brasileiras e marcou também o lançamento do Feirão do Imposto 2011

Edson Campagnolo fala durante lançamento: união de esforços

Lideranças empresariais de 20 capitais brasileiras e 18 cidades paranaenses acompanharam nesta sexta-feira (16) a videoconferência que marcou o lançamento nacional do movimento A Sombra do Imposto, articulado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Durante o evento, também foi lançado o Feirão do Imposto 2011, mobilização que levará às ruas de mais de 100 municípios de todo o país neste sábado (17) informações sobre o quanto as pessoas pagam em tributos ao adquirir diferentes produtos. Em Curitiba, a principal mobilização acontece no calçadão da Rua XV de Novembro, a partir das 9 horas.

A conferência desta sexta foi promovida pela Fiep, em parceria com a Associação Comercial do Paraná (ACP). Para o presidente eleito da Fiep e coordenador do movimento A Sombra do Imposto, Edson Campagnolo, a união do maior número possível de entidades em torno do tema é fundamental para exigir mudanças no sistema tributário brasileiro. “Fazemos questão de registrar que A Sombra do Imposto nasceu na Fiep, mas é um movimento do qual não pretendemos ter a paternidade. Ele está aberto a todas as entidades e é a nossa união que levará à reforma tributária”, afirmou. “Esperamos atingir todo o Brasil para que o Congresso Nacional se sensibilize da necessidade de promover as mudanças que tornem a carga tributária mais justa”, acrescentou.

Para o presidente da ACP, Edson Ramon, movimentos como A Sombra do Imposto e o Feirão do imposto são importantes para despertar a conscientização e indignação da sociedade em relação à elevada carga tributária brasileira. “O que queremos é uma justiça fiscal. Hoje o que percebemos é que a arrecadação cresce muito acima do PIB, havendo um avanço sobre a renda do cidadão tanto pessoa física quanto jurídica”, declarou.

Lideranças empresariais de Goiás acompanharam o evento

A mobilização lançada pelo Paraná ganhou apoio de lideranças empresariais de outros estados. Acompanhando a videoconferência de Goiânia, o presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Pedro Alves de Oliveira, afirmou que os movimentos que mostram o quanto o consumidor paga em impostos são essenciais para fazer com que a sociedade exija mudanças no sistema tributário. “Não precisamos falar exatamente em reforma tributária, mas na simplificação tributária. O Brasil tem todas as condições de se inserir entre as cinco maiores economias do mundo, mas para isso precisamos vencer o marasmo tributário em que vivemos”, disse.

Também de Goiânia, Marduk Duarte, presidente da Confederação Nacional de Jovens Empresários (CONAJE), entidade que promove o Feirão do Imposto em todo o país, elogiou a iniciativa da Fiep. Ele também questionou o crescimento da carga tributária que vem sendo registrado no Brasil ano a ano. “Em 2006, quando fizemos o primeiro Feirão aqui em Goiânia, a carga tributária era de R$ 800 bilhões. Agora, a previsão é de R$ 1,4 trilhão para este ano. Onde vamos parar em 2015?”, afirmou. “A resposta para isso é melhorar a gestão do dinheiro público”, completou.

Injustiça tributária

Flávio Castelo Branco da CNI (Foto: Rogério Theodorovy)

Durante o evento, o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, fez uma palestra em que mostrou como a injustiça tributária brasileira afeta a competitividade das empresas. “A questão tributária é hoje a principal das distorções que comprometem a competitividade brasileira”, disse.

Segundo o economista, a injustiça fiscal brasileira tem três dimensões principais: a carga tributária excessiva; a maneira desigual com que ela incide sobre diferentes segmentos produtivos; e a tributação regressiva na sociedade, que cria desigualdades entre contribuintes.

Para Castelo Branco, a sociedade brasileira precisa lutar para que seja feita uma reforma tributária que assegure os direitos e garantias do contribuinte. “E qualquer reforma deve partir do princípio de que a carga tributária não deve ser aumentada e que o crescimento de recursos tributários deve advir do crescimento da economia”, declarou.

O economista afirmou ainda que a mobilização de entidades representativas em torno de movimentos como A Sombra do Imposto e o Feirão do Imposto são importantes para colocar a questão da tributação como um item da agenda de discussões da sociedade. “Se a sociedade não explicitar para seus representantes no Congresso Nacional que se incomoda com a carga tributária, nada vai mudar”, disse.

Serviço

Mais informações sobre os movimentos podem ser obtidas nos sites www.sombradoimposto.org.br e www.feiraodoimposto.com.br.

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