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17/11/2016 - Atualizado em 16/05/2017

Diretriz: Promoção do desenvolvimento produtivo

Período 1: maio 2015 / maio 2016

Restabelecer Confiança para a Promoção do Desenvolvimento Produtivo

A promoção do desenvolvimento produtivo no país por meio de incentivos em novos investimentos de capital (Formação Bruta de Capital Fixo – FBCF) desempenha um triplo papel: substitui equipamento usado, aumenta a capacidade produtiva e integra ao novo patamar do progresso tecnológico. Essas funções estão quase sempre interligadas. Quando se substitui um equipamento, substitui-se por outro mais moderno, e a modernização, por sua vez, permite, em regra, um aumento da capacidade produtiva. Como consequência desse resultado, a economia cria uma das possibilidades de ambiente ideal para aumento de produtividade (POUPANÇA, 2016).

Partindo dessa premissa, a situação dos investimentos em aumento da capacidade produtiva da economia do país é calamitosa. Desde 2014, trimestre a trimestre, a taxa acumulada de FBCF tem apresentado resultados decepcionantes. Dados mais recentes e disponíveis do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que nos últimos quatro trimestres a taxa acumulada de FBCF no país teve queda de 15,9% em relação aos últimos quatro trimestres do período anterior. Diante dessa realidade, a economia brasileira não está sequer suprindo as necessidades de recomposição do capital depreciado no último ano.

Além disso, outro contexto ainda mais decepcionante é o comparativo em relação a outros países. Comparando a proporção dos investimentos no Produto Interno Bruto (PIB) da economia brasileira em relação às economias da Rússia, Índia, China, Argentina, Chile e México, todos os países apresentaram uma relação percentual maior que a economia brasileira, com exceção da economia argentina. Outro detalhe dessa comparação é o resultado dessa proporção no crescimento do PIB. Todos os países mencionados – com exceção de Rússia, Brasil e Argentina – tiveram crescimento do PIB em suas economias. (BANCO MUNDIAL; FMI, 2015). Esses três últimos países foram os que tiveram menores taxas de investimentos e crescimento negativo de suas economias.  

Diante dessa realidade, torna-se fundamental a retomada do crescimento econômico pelo aumento dos investimentos. Essa retomada tem como um dos elementos fundamentais uma perspectiva mais otimista que se reflita no aumento da confiança do empresário industrial na melhoria das condições econômicas e de mercado.

Nesse sentido, cumpre destacar resultados da pesquisa realizada pelo Departamento Econômico da Fiep, em 2016, que mede a confiança do empresário industrial a partir de um índice que varia de 0 a 100, sendo que acima de 50 pontos a indústria encontra-se no cenário otimista, e abaixo de 50 pontos encontra-se na área de pessimismo. O empresário industrial paranaense encontra-se na área de pessimismo há 31 meses consecutivos, sendo que em junho estava em 46,5 pontos (BEM PARANÁ, 2016).

Referências

BEM PARANÁ. Fiep: Confiança da Indústria de Transformação mantém péssimo. Publicado em 25 jul. 2016. Disponível em: <www.bemparana.com.br/noticia/455478/fiep-confiaca-da-industria-de-transformação-mantem-pessimo>. Acesso em: 26 jul. 2016.

POUPANÇA e Investimento. Disponível em: <https://bardasmatematicas.files.wordpress.com/2007/03/7-poupanca-e-investimento.pdf>. Acesso em: 26 jul. 2016.

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