A base portuária paranaense tem recebido investimentos que auxiliam o Porto de Paranaguá a ampliar sua competitividade. No mês de fevereiro de 2017, o Porto de Paranaguá alcançou seu volume recorde histórico para um mês de fevereiro no corredor de exportação, e isto foi possível graças aos investimentos realizados, como a reforma dos shiploaders, equipamentos para carregamento de navios e melhorias no sistema de gestão. Dentre diversas ações, foi criado, por exemplo, um “superberço” para dar preferência na atracação de navios a operadores portuários que garantam uma maior produtividade no carregamento impondo aos mesmos metas agressivas em termos de volumes a serem carregados a cada 24 horas de operação. Esse “desafio” aos operadores portuários fez com que os mesmos também investissem em seus terminais para alcançar as metas e ter a preferência na atracação de seus respectivos navios, reduzindo assim as multas demurrage que incidem quando um navio fica à disposição do embarcador, porém sem berço disponível para atracação.
Diversas melhorias foram realizadas, como o término do reforço dos berços de atracação, a substituição do sistema de defensas e de amarração de navios e a instalação de um número expressivo de balanças rodoviárias, que fez com que o setor de fertilizantes ganhasse muita velocidade na descarga de navios reduzindo o pagamento de demurrages em mais de R$40 milhões ao ano.
Outro avanço foi na prorrogação antecipada de dois contratos de terminais instalados em Paranaguá em troca de investimentos imediatos. Foi o caso do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) que investirá quase R$1 bilhão nos próximos anos na ampliação de seu terminal, tornando-o uma referência nacional e apto a receber simultaneamente dois navios de 368 metros de comprimento (os maiores do mundo nessa categoria de produto) ou três navios de menor porte. Isso viabiliza Paranaguá a ser escolhido o Hub Portuário do Sul do Brasil pelos armadores (donos de navios).
Outro terminal que teve sua prorrogação de contrato assinada foi o Terminal da Fospar, que recebe cerca de 25% do fertilizante que o Porto de Paranaguá movimenta. A Fospar também fará investimentos de imediato para ampliar o número de berços de atracação e instalar sistemas de novas correias transportadoras para otimizar a descarga desse produto.
Em março de 2017 foram realizadas duas audiências públicas para a licitação de dois novos terminais em Paranaguá, um para movimentar celulose e papel e outro para movimentação de veículos. As áreas onde serão construídos esses novos terminais serão licitadas no segundo semestre de 2017.
Diversos investimentos privados em novos terminais e ampliações dos atuais têm sido realizados, como o investimento do grupo Rocha, que construiu um novo terminal de grãos interligando-o ao corredor de exportação.
Finalmente, um outro grande avanço foi a assinatura, em fevereiro de 2017, pelo Ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Sr. Mauricio Quintella, da ordem de serviço para a dragagem de aprofundamento do Canal da Galheta, canal de acesso aos Portos de Paranaguá e Antonina. Paranaguá é o primeiro porto do Brasil a ter sua dragagem de aprofundamento autorizada e a obra, que receberá investimentos de R$396 milhões, já foi iniciada, permitindo que Paranaguá receba navios de maior porte, maior calado e, em função do ganho de escala, tenha custos logísticos reduzidos.
Trabalhos também têm sido realizados no sentido de viabilizar a instalação de um novo porto no município de Pontal do Paraná. A primeira audiência pública para a construção da nova rodovia de acesso a esse porto já foi realizada.
A Fiep participa ativamente das decisões no Porto de Paranaguá, com constantes reuniões e audiências públicas no Paraná e em Brasília e atuação nos Conselhos de Administração e de Autoridade Portuária, além de contribuir no Conselho de Desenvolvimento do Litoral (Colit) que trata temas ligados aos sete municípios do litoral, em especial o de Paranaguá.