Produtividade dos Recursos Naturais – Eficiência Energética
No Brasil, a produção de energia elétrica é gerada substancialmente pela utilização de recursos hídricos. Essa utilização intensiva ocorre a partir de grandes obras de engenharia na construção de usinas hidrelétricas. Verificou-se, com as crises hídricas, nos anos de 2001/2002 e 2015, os riscos dessa dependência nessa matriz energética e o custo associado à escassez da oferta para consumo residencial e produtivo.
No ano de 2015, os aumentos no valor da tarifa de energia elétrica representaram, em alguns setores industriais, uma evolução acima de 100% da participação da energia elétrica nos custos totais.
Essa situação reforça uma necessidade substancial da indústria brasileira de reduzir os desperdícios no consumo de energia e, assim, aumentar a quantidade produzida e o valor adicionado a partir de uma quantidade menor de quilowatt-hora utilizado. Nesse sentido, em uma análise realizada pelo Conselho Americano para Economia Energicamente Eficiente – The 2016 ACEEE International Energy Efficiency Scorecard (2016) –, o Brasil obteve a 20ª colocação com relação à eficiência energética no setor industrial, na comparação com os 23 principais países consumidores de energia.
Portanto, no que se refere à eficiência energética, no âmbito empresarial, verifica-se a necessidade de um amplo diagnóstico que identifique os principais pontos de melhoria, com especial atenção para os motores utilizados na produção. Máquinas antigas e com problemas de manutenção resultam em aumento do consumo energético e ineficiência na utilização do recurso. Além da produção, alguns equipamentos de setores administrativos, como aparelhos de ar-condicionado, oferecem grande oportunidade para maior eficiência na utilização e redução de custos.
A utilização de motores, equipamentos e geradores mais modernos e eficientes, bem como novas tecnologias de iluminação, como as lâmpadas LED, podem contribuir para a eficiência energética. Adiciona-se a importância de buscar assessoria especializada para identificar as oportunidades de redução de custos em uma possível entrada no mercado livre de energia.
A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por intermédio do Programa de Melhoria da Competitividade, incentiva a gestão da eficiência energética para pequenas e médias indústrias, com o apoio técnico especializado do Senai.