Produtividade dos Recursos Naturais – Logística Reversa
A logística reversa é um instrumento criado para aplicação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, principalmente no que se refere a coleta e destino de resíduos e rejeitos sólidos. Esse compartilhamento de responsabilidades envolve fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e responsáveis pela limpeza pública e manejo de resíduos sólidos. Esse mecanismo é regulado no Brasil pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305 de 2010 e Decreto 7.404 de 2010.
A logística reversa contribui para a efetividade da exploração e utilização consciente dos recursos naturais se for considerado que a mesma propicia o reaproveitamento de insumos decorrentes da coleta de embalagens usadas, entre outros produtos, o que contribui para a diminuição da pressão extrativista de determinados recursos naturais, além da diminuição da destinação inadequada dos resíduos sólidos.
Da mesma forma, estimula a circularidade das cadeias produtivas, a partir do retorno de embalagens e produtos para o ciclo produtivo, o que além de contribuir para a sustentabilidade, proporciona uma gama de oportunidades de novos negócios e soluções tecnológicas inovadoras para aumentar a produtividade na coleta, destinação, processamento industrial e novos produtos a partir do desafio da logística reversa.
Nesse sentido, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), desde 2012 estimula que os sindicatos empresariais se estruturem para apresentar seus planos setoriais de logística reversa para atender as imposições do Plano Estadual de Logística Reversa, recorte geográfico do Plano Nacional.
As estruturas internas da Fiep recortaram os setores atingidos em cadeias produtivas, mobilizaram os Sindicatos, sensibilizaram para o tema e buscaram dirimir todas as dúvidas sobre o assunto. Na mesma direção, assinou um convênio com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do estado do Paraná e se comprometeu em potencializar essas ações para que os sindicatos empresariais associados se organizassem e apresentassem um plano setorial com ações de curto, médio e longo prazo.
Na sequência, criou a Gerência de Meio Ambiente, que se responsabilizou em continuar o assessoramento institucional ao setor industrial e contribuiu tecnicamente para a criação do Instituto Paranaense de Reciclagem (Inpar) que tem a finalidade de gerenciar os projetos de logística reversa do setor alimentício. Esse Instituto tem a participação de seis sindicatos empresariais do setor (Sindicarne, Sindiavipar, Sinduscafé, Sinditrigo, Sipcep e Sincabima). Assim, os principais segmentos da indústria de alimentos do Paraná estão representados nessa organização (carnes; café; trigo; massas balas, chocolates e biscoitos e; panificação).