Cada vez mais a promoção da saúde do trabalhador deve estar na pauta estratégica das indústrias, considerando que pontos como níveis de sedentarismo, hábitos alimentares, controle do estresse e comportamento preventivo afetam diretamente a competitividade, a produtividade e os resultados das mesmas. A execução de intervenções envolvendo esses temas trazem benefícios tanto para os empresários, reduzindo índices de faltas por motivos de doenças crônicas ou ocupacionais, quanto para os trabalhadores, pois geram empoderamento e autonomia para a autogestão de saúde.
Endossando essa premissa, o Sesi Paraná aplicou o Sistema de Avaliação em Estilo de Vida e Produtividade (SAVP) em 11.110 trabalhadores, e os resultados revelaram uma redução no número de faltas ao trabalho relatadas por motivo de saúde de 16,91%, em 2015, para 15,86%, em 2016, após intervenções de Programas de Promoção da Saúde. Além disso, os dados demonstram queda de quase um ponto percentual em relação ao ano anterior – 25,89% para 24,96% – de trabalhadores com perfil de “médio alto” e “alto risco” para doenças crônicas, sendo que os dados nacionais indicam percentual de 33,6% de trabalhadores na indústria com esse perfil.
Segundo o IBGE (2016), 55% da população brasileira possuirá mais de 35 anos em 2030, levando o Brasil para a posição de 6º país mais idoso do mundo, portanto investimentos nesses aspectos se tornam imprescindíveis para a manutenção de trabalhadores saudáveis e producentes por mais tempo, garantindo a competitividade das indústrias.
Referência
SESI-PR. Relatório sistema de avaliação do estilo de vida e produtividade. 2016.