O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 136 bilhões para projetos
de investimento em 2015. O setor de Infraestrutura foi o que registrou maior participação, com R$ 54,9 bilhões,
ou 40,4% do total, seguido dos setores de Indústria — para o qual o BNDES desembolsou R$ 36,9 bilhões
(27,1%) —, Comércio e Serviços (R$ 30,4 bilhões, ou 22,4%) e Agropecuária (R$ 13,7 bi, ou
10,1%).
Na comparação com o ano anterior,
houve recuo de 28% nos desembolsos. As aprovações atingiram R$ 109,5 bilhões, e as consultas, R$ 124,6
bilhões. Os dois indicadores tiveram recuo de 47% em relação a 2014. O desempenho acompanha a desaceleração
da demanda por novos investimentos e foi influenciado pela política de ajuste fiscal implementada pelo Governo Federal,
o que implicou em duas mudanças: condições mais restritivas nos programas equalizados e fim da política
de empréstimos do Tesouro Nacional ao BNDES.
Setores prioritários – Frente à
conjuntura, o BNDES ajustou sua Política Operacional, preservando maiores níveis de participação,
taxas menores e prazos mais longos para setores e temas prioritários. Como resultado, e mesmo diante do cenário
de retração, o Banco manteve níveis consistentes de apoio em áreas importantes. Destaque para
os projetos de energia elétrica, que receberam R$ 21,9 bilhões (alta de 15%), e de logística de transporte,
que cresceram 8%, com cerca de R$ 20 bilhões desembolsados.
O salto mais relevante nos financiamentos à
área de energia foi dado pelos projetos eólicos, que tiveram uma expansão de 85%, com os desembolsos
passando de R$ 3,3 bilhões para R$ 6,1 bilhões. Na área de logística, um avanço importante
foram as liberações a projetos de mobilidade urbana, que atingiram R$ 8,5 bilhões, 30% acima dos R$ 6
bilhões desembolsados em 2014. Somente ao transporte metroviário, com a construção e expansão
dos metrôs de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza, o BNDES liberou R$ 6 bilhões em 2015 frente
a R$ 4,6 bilhões em 2014.
Destaque também foram os desembolsos do BNDES a projetos da denominada Economia Verde, que atingiram R$ 31,3
bilhões em 2015, com aumento de 11%. A chamada Economia Verde engloba projetos de eficiência energética,
energias renováveis, gestão de água, esgoto e resíduos sólidos, melhorias agrícolas,
adaptação a mudanças climáticas, reflorestamento e transportes públicos de passageiros
(metrôs e trens), entre outros.
Em Inovação,
o Banco conseguiu manter um nível relevante de apoio, com desembolsos de R$ 6 bilhões, igualando a cifra recorde
de 2014. Alguns destaques foram projetos de apoio a esforços de engenharia no setor aeronáutico e de microeletrônica
e de suporte ao desenvolvimento da biotecnologia avançada nas áreas de biofármacos, biocombustíveis
e bioquímicos.
O Cartão BNDES, exclusivo para micro,
pequenas e médias empresas, encerrou o ano praticamente estável, com liberações de R$ 11,2 bilhões
e 746 mil operações realizadas, frente a R$ 11,5 bilhões em 2014. Importante instrumento de crédito,
o Cartão contribuiu para os desembolsos a empresas de menor porte, para as quais o BNDES liberou R$ 37,3 bilhões
no ano passado, com 926 mil operações efetuadas.
Acesse a íntegra do boletim de desempenho do BNDES aqui.
Fonte: BNDES, 25/01/2016