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Publicado em 24/01/2012
O Parque Tecnológico Itaipu vai implantar, no mês de março, o primeiro laboratório para pesquisas com biogás do Brasil. Com o laboratório, será possível estudar a potencialidade das diferentes matérias orgânicas (como plantas ou dejetos de animais) usadas na fabricação do gás metano, mais conhecido como biogás. As pesquisas serão importantes, principalmente, para orientar os produtores rurais da região interessados em instalar biodigestores em suas propriedades.
O laboratório faz parte de um termo de cooperação firmado entre PTI, o Observatório Brasil de Energias Renováveis, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Onudi) e a Universidade de Recursos Naturais e Ciências Aplicada à Vida, a Universidade de Boku, de Viena (Áustria). Pelo acordo, os austríacos vão orientar sobre os equipamentos necessários para montar o laboratório e fornecer capacitação sobre como fazer as pesquisas. O laboratório terá um contato próximo com o Programa Europeu de Biogás.
A estrutura tem como tarefa descobrir a melhor e mais barata maneira de transformar o gás metano em energia e combustível de tratores e outros veículos rurais, tentando identificar quanto cada matéria-prima produz e até mesmo qual a melhor forma de tratá-la. O maior obstáculo da popularização do uso do biogás, principalmente entre os produtores rurais do país, está no custo ainda alto dos biodigestores. Os tanques onde os dejetos são armazenados e processados, os filtros e o gerador podem variar entre R$ 10 mil e R$ 110 mil, dependendo do tamanho da propriedade e do volume de matéria orgânica produzida.
O laboratório é o segundo passo de um projeto iniciado há três anos, em parceria com o Centro Nacional de Pesquisa em Suínos e Aves, o Iapar, a Emater/PR, a Copel e a Embrapa, que incentivou propriedades rurais do Norte e do Oeste do estado a gerar energia a partir de dejetos da agropecuária. Hoje a maior parte desses produtores são autosustentáveis e alguns até vendem a energia excedente à Copel.
Pelo tamanho do país, o diretor-superintendente do PTI, Juan Carlos Sotuyo, acredita que seja necessário montar uma rede de laboratórios para tentar extrair de cada região brasileira a matéria-prima e o processo de melhor produtividade do biogás. Já há contatos nesse sentido com a Embrapa de Concórdia (SC), além de universidades como a USP e a UFRGS.
Com informações de Gazeta do Povo e Jornal Energia da Plataforma Itaipu
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