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Publicado em 11/01/2012
As primeiras introduções do nim no Brasil foram feitas de forma oficial pela Fundação Instituto Agronômico do Paraná, em 1986, com sementes trazidas das Filipinas. Em 1989, com sementes da Índia, Nicarágua e República Dominicana. Na década seguinte, as propriedades da planta se tornaram mais conhecidas, iniciando plantios comerciais em diversos estados no país. A planta apresenta crescimento rápido, apresenta copa densa, e chega a alcançar 15 metros, podendo ser cultivado em regiões de clima quente e solos bem drenados. Ainda que a extração no Brasil precise de ajustes - a azadiractina, princípio ativo do óleo extraído no Brasil degrada quando exposto ao sol - o óleo pode ter suas propriedades inseticidas preservadas através de processos como a nanoencapsulação.
Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva, professora do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Controle Biorracional de Insetos Pragas, financiado pela Fapesp e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), salienta que a instabilidade da azadiractina sob a radiação solar é algo por demais dispendioso na lavoura, uma vez que o agricultor tem de aplicar diversas vezes o óleo. Entre as pesquisas do INCT, está o estudo "Nano e microencapsulamento de extratos vegetais de Meliaceae para controle de pragas de solo usando ligninas do bagaço de cana-de-açúcar", de Eveline Soares Costa e coordenado por Moacir Rossi Forim, ambos do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia da UFSCar.
As falhas mecânicas identificadas no processo de extração convencional do óleo de nim promove uma perda de cerca de 60% do princípio ativo da planta, pois a extração é feita por compressão, gerando uma torta onde se concentra a maior parte da azadiractina, porém justamente a torta é descartada.
O estudo de Costa consistiu no desenvolvimento de uma metodologia para enriquecimento do óleo de nim. Além dos ajustes no processo de extração do óleo, que rendeu um pedido de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), os pesquisadores desenvolveram um polímero natural de bagaço da cana-de-açúcar para em seguida envolverem - em escala nanométrica - o óleo de nim. Este processo resultou num pedido de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Leia mais
Com informações de Exame
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