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O Paraná terá o seu primeiro Parque Científico e Tecnológico de Biociências (Biopark).
Iniciativa dos empresários fundadores da indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi, de Toledo (Oeste), que
conta com apoio do Governo do Estado, o Biopark terá quatro milhões de metros quadrados e espaço reservado
para universidades, hospitais, incubadoras, indústrias e até áreas residenciais. O governador Beto Richa
participou do lançamento. Na mesma solenidade, Richa assinou decreto que cria o marco regulatório para a implantação
do Complexo Paranaense de Parques Tecnológicos no Estado.
Idealizado por Luiz Donaduzzi e a esposa Carmen,
o Biopark pretende gerar 30 mil empregos e transformar a região de Toledo em um polo do setor de biociências
nas próximas décadas. O investimento inicial é de R$ 100 milhões. A expectativa é que esse
volume possa chegar a R$ 500 milhões em cinco anos, de acordo com Luiz Donaduzzi.
Richa enalteceu a iniciativa.
“É um projeto dos mais importantes para o Oeste do Paraná e demonstra, mais uma vez, a participação
da Prati-Donaduzzi no desenvolvimento econômico e social da região. A indústria é a maior fabricante
de medicamentos genéricos do Brasil e merece todo o apoio do governo do Estado”, afirmou o governador. “Já
estive na Prati inúmeras vezes para celebrar parcerias, investimentos do Estado, anunciar a abertura do curso de farmácia
e agora, temos mais uma demanda que é a abertura de um campus avançado da Unioeste dentro do Biopark”,
disse.
Richa explicou que o apoio do Governo do Estado ao projeto do Biopark será com convênios,
parcerias com entidades como o Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar) e Instituto Agronômico do Paraná
(Iapar), abertura de cursos de graduação nas universidades estaduais para ampliar a disponibilidade de técnicos.
“É uma iniciativa que merece o apoio decisivo do Estado”, afirmou.
QUALIFICADA -
A ideia do projeto Biopark é permitir a formação de mão de obra qualificada para o setor e estimular
o desenvolvimento de pesquisas, a criação de startups e a instalação de empresas. “Na área
de biociências há uma infinidade de possibilidades, desde a área de medicamentos, até produtos
para animais e plantas, equipamentos, softwares, cosméticos e nutracêuticos” cita.
Um
dos focos é o desenvolvimento de medicamentos a preço acessível para a população. Fundada
há 22 anos, a Prati-Donaduzzi é atualmente a maior fabricante de medicamentos genéricos do País,
com uma produção de 11 bilhões de doses por ano. “Hoje os parques em funcionamento estão
dentro das universidades. O que vamos fazer aqui é o caminho contrário. Vamos trazer a universidade para dentro
da indústria”, diz Donaduzzi. “Esse projeto vai se consolidar ao longo dos anos e vamos poder trazer progresso
para a região toda”.
O objetivo da Prati-Donaduzzi é continuar produzindo medicamentos, sendo
uma empresa brasileira e familiar, mas profissionalizada, e que continue crescendo ao longo dos anos. O parque tecnológico
vai ajudar no crescimento. O empresário explicou que a intenção é trazer pessoas de fora, que
demandarão moradias, veículos, escolas, lazer. “Há todo um desenvolvimento ao redor do projeto
do parque, porque a ideia é que seja um ambiente seguro e agradável de trabalhar”.
UNIOESTE - O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João
Carlos Gomes, ressaltou o protocolo de intenções assinado, na mesma solenidade, pelo reitor em exercício
da Unioeste, Moacir Piffer, e o empresário Luiz Donaduzzi. Pelo protocolo, será doado terreno para ampliação
do campus da Unioeste em Toledo para dentro do Biopark. “Isso permitirá atender novos cursos da área de
tecnologia que, por certo, serão importantes para o desenvolvimento e formação de recursos humanos dessa
área aqui na região de Toledo”, disse ele.
Segundo o secretário, o primeiro curso
será de química farmacêutica medicinal, que já existe na Unioeste e será transferido para
o campus do Biopark. Atualmente a Prati já possui uma parceria com a Unioeste em residência industrial farmacêutica.
O Biopark vai abrigar, ainda, um campus do curso de medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O
projeto deve ficar pronto dentro de um ano e meio. Além disso, contará com a Unibio, universidade corporativa
que vai oferecer cursos técnicos e de pós-gradução.
O parque também
contará com dois hospitais – um da Unimed e outro da Hoesp (Associação Beneficente de Saúde
do Oeste do Paraná). A Prati deve também construir no local uma fábrica de medicamentos oncológicos,
no futuro.
Eder Mafissoni, CEO da Prati-Donaduzzi, lembrou que toda indústria farmacêutica depende
de muita pesquisa e o desenvolvimento é caro e lento. “A ideia do parque é atrair talentos e mentes brilhantes
para facilitar o acesso à tecnologia e ao conhecimentos. O grande desafio no Brasil é conseguir conexão
entre as universidades que detêm o conhecimento e a iniciativa privada, dando oportunidade para que os projetos acadêmicos
se transformem em produtos para a população”, disse ele.
HISTÓRICO -
A maior fabricante de medicamentos genéricos do Brasil nasceu de um pequeno laboratório em Toledo, Oeste do
Paraná, em 1993. O projeto nasceu pouco depois de o casal de farmacêuticos Carmen e Luiz Donaduzzi montarem um
pequeno laboratório, após cursarem mestrado e doutorado na França. Atualmente são 24 horas de
fabricação ininterrupta, em três turnos, de medicamentos líquidos e sólidos. A empresa emprega
4,5 mil pessoas e tem apoio do programa de incentivos fiscais Paraná Competitivo.
PRESENÇAS –
Participaram da solenidade a empresária Carmen Donaduzzi, o coordenador de capacitação tecnológica
da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, José Antônio Silvério;
o presidente da Agência Paraná Desenvolvimento (APD), Adalberto Neto; o presidente do Tecpar, Júlio Felix;
o secretário de Estado da Comunicação Social, Márcio Villela; o presidente da Itaipu, Jorge Samek,
e os deputados José Carlos Schiavinatto (estadual) Dilceu Sperafico (federal).
Fonte: Radar de Fomento
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