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Convidado pelo Partido Progressista (PP) para assumir o Ministério da Agricultura, o senador Blairo Maggi aceitou o cargo. O senador é um dos maiores produtores rurais do mundo - já foi conhecido como o “rei da soja” nos anos 1990 e início dos anos 2000 - e é dono de uma das maiores companhias da América Latina no ramo do agronegócio, o Grupo André Maggi. Na vida política, em apenas oito anos Maggi se consolidou como um dos homens mais influentes do mundo. A expectativa é que ele leve a experiência do dia a dia do campo e seu capital político para dentro do Ministério. Esta sempre foi uma das grandes reivindicações do mundo agrícola, já que nas últimas décadas os ministros tinham ou mais perfil técnico ou mais perfil político, nunca os dois simultaneamente.
Blairo nasceu no município de Torres, no litoral do Rio Grande do Sul, no dia 29 de maio de 1956. Ele é de uma família de pequenos produtores rurais de ascendência italiana. Os pais se chamam André Antônio Maggi e Lúcia Borges Maggi. Foi o pai quem apostou no cultivo da soja em áreas inexploradas, passando por São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Paraná e indo até o Mato Grosso, estado onde ele se estabeleceu. O interesse de Blairo se refletiu desde cedo, na sua escolha de curso universitário, agronomia. Ele é formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A pequena empresa Sementes Maggi, fundada em 1973, foi o tubo de ensaio para uma trajetória de sucesso. Blairo transformou a pequena companhia no gigantestco Grupo André Maggi. O despertar da grande companhia ocorreu após a chegada da família ao Cerrado mato-grossense, mais precisamente na cidade de Itiquira, a 353 km de Cuiabá.
Em 2002, se tornou governador do Mato Grosso, com 51% dos votos no primeiro turno das eleições. Em 2006, se reelegeu governador no primeiro turno, com 63,59% dos votos. Durante sua gestão, Maggi conseguiu 92% de aprovação durante o pico de popularidade das suas gestões. A marca lhe rendeu a eleição ao Senado nas eleições de 2010 com mais de 1 milhão de votos.
Blairo Maggi já passou por outros dois partidos além do PP, no qual se filiou nesta quarta-feira (11) para assumir a pasta (ver ao lado). Já teve passagens por Partido Popular Socialista (PPS) e Partido da República (PR), no qual estava atualmente antes de trocar de legenda. Chegou a anunciar seu ingresso no PMDB em 2015, mas antes de oficializar a entrada recuou na decisão.
Maggi falou com a imprensa no ato em que anunciou sua filiação ao PP, na liderança do partido na Câmara. A mudança de legenda era a condição para que fosse o escolhido para comandar a Agricultura do eventual governo peemedebista.
Frequentemente cotado para a pasta durante as ondas de especulação de reformas ministeriais, ele explicou por que decidiu aceitar o convite para tocar o ministério que esteve nas mãos da também senadora a Katia Abreu (PMDB) durante o segundo governo Dilma.
“São nessas horas de crise que devemos nos apresentar. Antes de ser convidado, pensei que, se nesse momento for convidado a prestar os meus serviços e conhecimentos para o Brasil sair da crise, estou à disposição”, afirmou.
Ao analisar a gestão da atual ministra, Maggi disse que “foi um bom trabalho”.
“Kátia Abreu fez avanços no Ministério, e espero aproveitar todos. Não podemos achar que vamos construir uma casa a partir do telhado. Todas as casas têm base, meio e fim. Pretendo continuar os trabalhos feitos”, avaliou o senador.
O novo quadro do PP deu inclusive qual será o Norte da Agricultura sob sua batuta: “Prioridade é cuidar dos produtores agrícolas e não deixar esse setor, o mais importante da economia, que ainda está bem, cair numa descendente onde a crise e o desemprego imperam”.
Fonte: Gazeta do Povo
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