Blog

Observatórios

Acompanhe nas redes sociais:
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube
Enquete

O que achou do novo blog?

Cadastre-se

e receba nosso informativo

China investe em pesquisas sobre biotecnologia agrícola

Publicado em 22/11/2017

oitavo lugar em área plantada com transgênicos no mundo. Em 2016, o país adotou a biotecnologia em 95% de todas as suas lavouras, cultivando 2,79 milhões de hectares de algodão, álamo e papaia geneticamente modificados (GM), segundo relatório divulgado este ano pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA).

Junto com Estados Unidos, Argentina e Canadá, a China faz parte das nações pioneiras na adoção da biotecnologia no campo, com algodão Bt (resistente a insetos) comercializado há duas décadas. É também o único lugar do planeta que planta álamo transgênico, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Florestal em Pequim, que integra a Academia Chinesa de Silvicultura.

Desde 1994 até o fim de 2016, a China aprovou 60 eventos de culturas GM para consumo humano e animal, sendo 17 de milho, 12 de canola argentina, dez de soja, dez de algodão, três de tomate, dois de arroz, dois de álamo, um de beterraba, um de pimentão, um de papaia (resistente ao vírus da mancha anelar) e um de petúnia, de acordo com o ISAAA. Depois que o algodão transgênico foi introduzido no mercado, a área plantada com essas variedades aumentou mais de 12 vezes. Já a área cultivada com papaia cresceu 22% só de 2015 para 2016. Esse mamão GM teve sua liberação comercial pelo Comitê Nacional de Biossegurança chinês em setembro de 2006, representando um desenvolvimento significativo para esse que é um alimento amplamente consumido no país.

O álamo GM, por sua vez, é cultivado na China desde 2003 e, entre 2013 e 2016, foram plantados 543 hectares da árvore. Essa área ajuda a suprir os cerca de 340 milhões de metros cúbicos de madeira de que o país necessita anualmente. Segundo o relatório do ISAAA, as áreas de álamo transgênico têm inibido de forma efetiva a rápida propagação de insetos-praga e reduzido significativamente o número de aplicações de inseticidas.

Entre os benefícios das culturas que utilizam a biotecnologia na China, estão maiores rendimentos (em média, 10%), redução de até 60% no uso de inseticidas e economia significativa com aplicações de produtos e mão de obra. Há implicações positivas também no ambiente e na saúde dos agricultores, gerando um aumento na renda de US$ 220 por hectare em 2016, o que teve um impacto enorme na subsistência dos produtores de algodão, já que muitos ganham menos de US$ 1 por dia de trabalho.

Ainda de acordo com o ISAAA, estima-se que, no período de 1997 a 2015, a China tenha aumentado seus rendimentos com algodão transgênico em US$ 18,6 bilhões. E cerca de 10 milhões de agricultores familiares têm se beneficiado indiretamente desse cultivo. Um estudo feito no ano passado pelo Instituto de Tecnologia de Pequim revelou que a adoção das culturas biotecnológicas no país pode melhorar a saúde dos produtores. Isso porque os transgênicos reduziram o uso de herbicidas do tipo “não glifosato” (com maior toxicidade e potencial de danos renais, por exemplo), ao utilizar o glifosato; enquanto as culturas Bt diminuíram significativamente o uso de inseticidas contra insetos lepidópteros (que inclui borboletas e mariposas).

Saiba mais aqui.

Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - 80215-090
Fone: 41 3271 7900
Fax: 41 3271 7647
observatorios@fiepr.org.br
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube