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Publicado em 22/11/2017
O Balanço Energético do Estado de São Paulo referente a 2016, publicado nesta segunda-feira (13/11),
pela Secretaria de Energia e Mineração mostra que pela primeira vez desde 1980 – quando foram iniciados
os levantamentos, a participação das energias renováveis na matriz energética paulista atingiu
a marca de 60,8%.
Até então a maior marca registrada havia sido em 2009, quando as energias renováveis
somaram 59,1% da matriz paulista. O menor índice ocorreu em 1981 com apenas 33,4% de fontes limpas.
Em
2015 as energias renováveis representaram 58% do consumo. “Entre os principais fatores que garantiram o aumento
do índice de renovabilidade da matriz em relação ao ano anterior estão a retomada das chuvas,
que causaram o desligamento das térmicas a gás, a diminuição da atividade econômica em decorrência
da crise e a estabilidade do setor sucroalcooleiro”, explica o secretário de Energia e Mineração,
João Carlos Meirelles.
São consideradas fontes renováveis de energia os biocombustíveis
(etanol, biodiesel), a geração hidráulica, a termoeletricidade a partir da biomassa (cana-de-açúcar
e resíduos florestais) e a geração eólica e fotovoltaica.
A redução
no consumo dos derivados de petróleo e de carvão mineral, principalmente no setor siderúrgico, colaborou
com o aumento da participação das renováveis.
Nos últimos 10 anos o Estado de São
Paulo fortaleceu em 17,2% a produção dos diversos tipos de energéticos, o que colabora para a segurança
do setor de energia estadual. Em 2007 a suficiência energética era de 50 milhões tonelada de óleo
equivalente (toe) passando para 58,6 milhões de toe em 2016.
A produção de gás natural
no período avançou 17 vezes, o consumo de eletricidade apresentou um aumento de 11,7%, e a oferta de etanol
cresceu 28,5%.
São Paulo x Brasil
Com o maior parque fabril da América Latina e mais de 45 milhões de habitantes, o Estado de São Paulo
consumiu 27% de toda a energia utilizada no Brasil em 2016.
A participação do Estado no consumo
nacional de derivados de petróleo ficou em 23%. Já o uso de insumos energéticos renováveis teve
a participação de 59% do bagaço de cana, 42% do etanol e 28% da eletricidade.
Série
histórica
Nos últimos 10 anos, São Paulo registrou uma queda significativa no uso de energias mais poluentes. O carvão
teve a maior redução atingindo 99%, já o óleo combustível apresentou uma queda de 64%.
Por outro lado, os insumos menos poluentes aumentaram sua participação na matriz energética
no período. O etanol etílico apresentou crescimento de 29%, 27% no bagaço de cana, 12% na eletricidade.
Somente o gás natural teve queda de 11% no período.
O consumo de energia elétrica no Estado
apresenta um aumento de 10% na série histórica. O setor residencial aumentou em 15% e o comercial em 39%. Em
contrapartida o consumo nas indústrias caiu 2% no período.
Fonte: Biomassa
e Bioenergia
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