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Publicado em 28/06/2017
Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio da Embrapa Instrumentação desenvolveu, com apoio da FAPESP, um fertilizante de liberação controlada desenvolvido à base de hidrogel com capacidade de absorver até mil vezes o seu peso em água.
O produto é aplicado em pó no solo. Em contato com a chuva ou por meio de sistemas de irrigação, o fertilizante absorve grande volume de água e a libera junto com o nutriente de forma controlada. Os resultados da tecnologia são promissores e os pesquisadores procuram parcerias com a iniciativa privada para finalizá-la e, posteriormente, levá-la ao mercado.
Com uma única aplicação, os nutrientes podem ser liberados ao longo de até oito dias, ajudando no melhor aproveitamento do produto. Com isso é possível reduzir custos, por conta da menor aplicação de fertilizante, e ter menos concentração nas lavouras, diminuindo o risco de contaminação ambiental. A tecnologia apresenta, ainda, custo de produção bem inferior aos hidrogéis convencionais.
De acordo com José Manoel Marconcini, pesquisador da Embrapa, a nova formulação do fertilizante à base de hidrogel pode ser aplicada em diferentes culturas, conforme a necessidade de nutrientes de cada planta. “O fertilizante foi desenvolvido de forma que possa carregar e liberar tanto macro como micronutrientes na lavoura”, esclareceu à Assessoria de Comunicação da Embrapa.Os ensaios estão sendo realizados na Embrapa Hortaliças, no Distrito Federal, em casa de vegetação com tomate e pimentão.
Embora o uso do hidrogel no setor agrícola seja considerado promissor, o alto custo de produção e a baixa biodegradabilidade dos produtos convencionais ainda limitam sua aplicação em larga escala. A forma encontrada pelos pesquisadores para reduzir esse custo, e ainda melhorar algumas propriedades de liberação gradual de nutrientes, foi incorporar argilominerais nas cadeias poliméricas do hidrogel. Enquanto o hidrogel puro pode ser encontrado de R$ 40,00 a R$ 50,00 o quilo, o argilomineral usado na pesquisa custou centavos.
A pesquisa teve início na Embrapa Instrumentação com a equipe liderada pelo pesquisador Luiz Henrique Capparelli Mattoso, durante orientação de curso de doutorado de Fauze Ahmad Aouada http://www.bv.fapesp.br/pt/pesquisador/76829/fauze-ahmad-aouada/, atualmente professor no Departamento de Física e Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Ilha Solteira.
Em continuidade a essa pesquisa, apoiada pela FAPESP, o mestrando Adriel Bortolin se empenhou para melhorar as características dos hidrogéis pela combinação com polissacarídeos, uma vez que esses polímeros naturais melhoram as propriedades hidrofílicas (atração por água) dos hidrogéis e a sua biodegradabilidade. A formulação com polissacarídeos modificados com o argilomineral formou um nanocompósito, que é a estrutura de liberação.
Para mais informações acesse aqui.
Informações: Agência Fapesp/ Embrapa
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