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Publicado em 14/06/2017
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), órgão responsável pela análise da avaliação de biossegurança de organismos geneticamente modificados (OGM) no Brasil, aprovou, nesta quinta-feira (08), a primeira cana-de-açúcar transgênica do mundo. A variedade, que pode chegar ao mercado nos próximos meses, é resistente à broca da cana (Diatraea saccharalis), principal praga que ameaça a cultura.
Segundo levantamento realizado nas usinas do centro-sul do Brasil, os índices de infestação da broca da cana têm aumentado nas últimas safras. De acordo com especialistas, as perdas causadas pela praga e o custo de seu controle nas lavouras brasileiras chegam a R$ 5 bilhões por ano. A planta Bt poderá ser utilizada para os mesmos fins das variedades convencionais, como produção de açúcar e etanol. A expectativa é de que seu uso viabilize a expansão da cultura em áreas onde a broca da cana é uma condição limitante, contribuindo para a manutenção da posição do Brasil como um líder mundial na produção de cana, açúcar e etanol.
De acordo com a diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani, a aprovação da cana GM no Brasil representa a chegada ao mercado de uma cultura que, até então, não contava com variedades desenvolvidas por meio de biotecnologia. “A característica inserida, a resistência a insetos obtida por meio da introdução de genes da bactéria do solo Bacillus thuringiensis, já trouxe benefícios para outras culturas, a exemplo do milho, do algodão e da soja”, afirma ela.
Segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (05) pela consultoria britânica PG Economics, entre 1996 e 2015, produtores de milho Bt de todo o mundo tiveram, em média, rendimento 13,1% maior do que aqueles que plantaram variedades convencionais. No algodão, a diferença é ainda maior, 15%. Para a soja Bt, que está no mercado a menos tempo (2013), a média é 9,6% a mais de rendimento e a amostra são produtores da América do Sul.
Fonte: CIB
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