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Publicado em 17/04/2017
Com foco no melhoramento genético da cana-de-açúcar, a empresa Vignis desenvolveu um tipo chamado de Cana Energia, que produz mais açúcar e etanol por hectare e até 12 vezes mais energia por hectare.
De acordo com Luis Claudio Rubio, presidente da empresa, essas variedades não são lançadas no mercado e nem licenciadas. A empresa faz seus próprios canaviais e fornece a cana ou a biomassa para os seus clientes.
Neste ano, a média de produtividade, dos 10 mil hectares plantados pela Vignis, foi de 180 toneladas por hectare - contra uma média de 78 toneladas por hectare no Centro-Sul do Brasil.
O aumento de produtividade, segundo Rubio, se dá porque o sistema radicular dessa variedade é mais eficiente, extrai mais água e mais nutrientes. Ao invés de olhar só para o açúcar, a empresa quis desenvolver o vegetal mais eficiente na conversão de luz solar e nutrientes do solo.
Em questão de solo, não muda nada para a produção convencional: "é cana-de-açúcar, algo que todo mundo sabe produzir há 200 anos", diz o presidente. A Cana Energia é mais apropriada para fazer etanol do que fazer açúcar cristal branco, mas para fazer o açúcar DHP, que compõe grande parte da exportação brasileira, ela também é eficiente.
Na produção de energia, mora a grande diferença: enquanto uma cana normal tem uma sobra de 4 toneladas, gerando 2MWe, a Cana Energia tem uma sobra de 57 toneladas, gerando 27MWe. Rubio chegou a realizar uma projeção: se 5 milhões de hectares fossem substituídos pela Cana Energia, o Brasil poderia bater a meta da COP 21 e produzir 20% da energia que o país consome.
Esse foi o resultado da primeira geração da variedade genética. Agora, a cada geração, a empresa espera resultados cada vez melhores. Alguns testes já indicam para variedades que produzem 300 toneladas por hectare - mas ainda não se sabe como seria o desempenho disso no campo.
Fonte: Notícias Agrícolas
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