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Publicado em 01/03/2017
Segundo ele, o Edital tem recebido um número cada vez maior de projetos – foram 886 propostas submetidas apenas em 2016 – mais complexos e com maior valor agregado. Diante disso, Prim conta que o Edital está sendo reformulado, com a participação de novos parceiros, a fim de financiar mais projetos na edição de 2017. As novidades devem ser anunciadas em março. “Estamos buscando parceiros nacionais e internacionais para fomentar mais projetos porque temos recebido excelentes propostas”, explica.
Prim também destaca a forte participação de startups entre os selecionados pelo Edital. Da lista de projetos aprovados no ano passado, 33 foram apresentados por startups, 18 por pequenas, 11 por médias e 11 por grandes empresas. As ideias serão concretizadas com o apoio dos Institutos SENAI de Inovação, rede nacional que faz pesquisa aplicada e desenvolve produtos e processos inovadores. Confira a entrevista com Prim:
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS - Qual foi o grande destaque do terceiro ciclo de seleção do Edital SENAI SESI de Inovação?
MARCELO PRIM - O grande destaque desse ciclo é que conseguimos comprovar o quanto um desafio tecnológico é capaz de mobilizar empresas do Brasil inteiro. Lançamos um desafio de Indústria 4.0 e obtivemos seis excelentes propostas que serão financiadas com recursos do Edital de Inovação. Vamos utilizar o conhecimento gerado em parceria com essas empresas para desenvolver uma metodologia nacional e ofertar, possivelmente em 2018, soluções em manufatura avançada para aumentar a produtividade da indústria.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS - Qual a sua avaliação sobre os resultados da edição de 2016 do Edital?
MARCELO PRIM - O balanço final da edição de 2016 do Edital SENAI SESI de Inovação é extremamente favorável. Obtivemos propostas de todos os estados do Brasil, de todos os portes de empresas – de startups de base tecnológica até grandes empresas – e foram submetidos projetos que são complexos e de alto impacto. Com os Institutos SENAI de Inovação e os Institutos SENAI de Tecnologia, estamos atuando em rede nacional, levando soluções de maior valor agregado à indústria. Além disso, 82% dos projetos aprovados nesse ano estão sendo feitos em parceria com universidades e institutos de pesquisa do Brasil já estabelecidos. Isso prova que, de alguma maneira, estamos apoiando a transformação da pesquisa, do conhecimento da universidade de fato em inovação, que é há muito tempo uma crítica ao sistema de inovação brasileiro.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS - Na última edição, as startups novamente se destacaram em número de projetos selecionados, o que já vem ocorrendo desde 2014. Qual é o benefício de fomentar essas empresas nascentes?
MARCELO PRIM - Nesta edição de 2016, ratificamos a importância das startups de base tecnológica. A grande maioria dos projetos aprovados é proveniente de startups e pequenas empresas, que ofertam soluções inovadoras e, principalmente, novos modelos de negócio e interessam não apenas ao mercado, mas despertam agora o interesse da indústria. Em conversas com o SENAI, grandes indústrias demonstram interesse em se aproximar das startups. Por isso, vamos lançar uma grande novidade para a edição de 2017 do Edital de Inovação, que é exatamente o fomento de projetos inovadores para que grandes empresas aprendam com startups, e vice-versa, no desenvolvimento de soluções em temas tecnológicos de interesse comum, o que estamos chamando de Empreendedorismo Industrial. Para as empresas já estabelecidas, é uma forma de aprender a inovar não apenas em tecnologia, mas também em modelos de negócios.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS - Houve algum destaque no tipo de projeto apresentado no ano passado?
MARCELO PRIM - Recebemos propostas de todos os tipos, de uma grande gama de setores que temos na indústria brasileira hoje. Começamos a perceber a participação de projetos de alta singularidade tecnológica e projetos de maior impacto. A quantidade de empresas que têm procurado o Edital, por meio do SENAI, tem crescido ano a ano. Por esses motivos e pelo apoio da rede de Institutos SENAI de Inovação, os projetos têm evoluído muito. Já apresentamos, por exemplo, o desenvolvimento de nano partículas para recuperar pinturas de automóveis e isso está se transformando em um case mundial de inovação. Esses resultados nos fazem procurar outros parceiros para fomentar boas propostas que não conseguimos abraçar apenas com os recursos do SENAI e do SESI. Estamos buscando parceiros nacionais e internacionais para fomentar mais projetos.
AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS - Qual foi o acréscimo trazido pelo SESI, que aportou recursos no Edital em 2016?
MARCELO PRIM - O SESI Nacional aportou este ano R$ 3,5 milhões para financiar projetos e tecnologias relacionados a saúde e segurança do trabalho. Com a parceria com o SESI, conseguimos abraçar projetos de inovação de uma gama maior de interesse da indústria. A questão do absenteísmo, por exemplo, é um problema sério que deve ser tratado e é possível preveni-lo também por meio da inovação. Com o apoio do SESI, conseguimos, de maneira complementar, também promover o aumento da competitividade da indústria, pois com a maior presença do trabalhador produzindo, há maior produtividade das empresas.
Por Helayne Boaventura
Fonte: Agência CNI de Notícias
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