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Publicado em 19/01/2017
O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, visitou no dia 17/01, o Dia de Campo da cooperativa C.Vale, de Palotina, onde são validados e testados todos os trabalhos de inovação e tecnologia disponíveis em lavouras de grãos, cultivo de mandioca e pecuária leiteira, da cooperativa aos seus associados.
A C.Vale é a segunda maior cooperativa do Estado, com 18 mil associados distribuídos nos estados do Paraná,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Paraguai.
Ortigara ouviu do presidente da cooperativa,
Alfredo Lang, o relato de expansão dos investimentos para 2017, que tem como prioridade a inauguração
do mais moderno frigorífico de abate de peixes do País e a ampliação da linha de abate de frangos.
Os novos investimentos vão criar inicialmente 1.100 novos postos de trabalho.
Segundo Ortigara, esse conjunto de riqueza gerado no campo dá oportunidade de emprego. “Não fosse o
agronegócio teríamos bem mais que 12 milhões de pessoas desempregadas no País. Com uma dinâmica
diferente no Estado, que é o agronegócio, a gente tem que dar força porque é o que está
dando certo e sustentando o País enquanto o Brasil não encontra o seu rumo”, afirmou.
Para Ortigara,
essa é a nossa competência que mostra a força da organização e conhecimento, que aumenta
a chance do produtor de decidir melhor o que fazer no processo produtivo. O secretário ressaltou que os eventos de
difusão de tecnologia melhoram a cada ano, com resultados práticos para a economia estadual e nacional.
“Graças à essa inovação, o Paraná se prepara para colher uma das melhores safras de sua história dentro de poucas semanas. A previsão é de colheita de safra recorde de soja, que pode superar 18 milhões de toneladas”, anunciou. “E com um Real ainda valorizado, temos chance de preços bons para todos”, acrescentou.
“Tenho orgulho em visitar eventos como esse Dia de Campo da C.Vale, onde a gente presencia a evolução na produção, graças à organização e um modelo produtivo desenvolvido pelas cooperativas paranaenses”. Quanto mais densidade e agregação de valor, maior a chance de atrair riqueza e oferecer vida digna a todos, acrescentou.
Segundo Ortigara, essa conjuntura demonstra que a assistência técnica no campo e a pesquisa agronômica vale a pena, porque vem disponibilizando cultivares mais tolerantes ao clima e inova no jeito do produtor fazer as coisas com a implantação de boas práticas nas lavouras, com redução na aplicação de produtos químicos, enfim um conjunto de novas técnicas sendo introduzidas que permitem atender o desafio que é a soja 100 (produtividade de 100 sacos por hectare).
Ele lembrou, mais uma vez, que o agronegócio respondeu por 75% das exportações paranaenses no ano passado e eventos como o da C.Vale e outras cooperativas contribuem para ampliar o nível de conhecimento dos produtores.
NOVOS EMPREGOS
A cooperativa C.Vale já iniciou a construção do frigorífico de peixes que será inaugurado até o mês de outubro. Com o frigorífico, a cooperativa promete revolucionar, no Paraná e no Brasil, toda a cadeia produtiva, desde o cultivo de peixes até o processamento final. “Será um grande salto da cooperativa, que oferece mais uma alternativa de renda aos produtores associados”, disse o presidente Alfredo Lang.
Para o dirigente, ao contrário de outros setores da economia, o agronegócio está gerando empregos.
Só a C.Vale está criando 1.100 novos postos de trabalho, sendo 400 no frigorífico de peixes e 700 na
expansão da linha de abate de aves, outro setor que a cooperativa é uma das líderes.
O frigorífico
terá capacidade de abate de 600 mil peixes por dia. Inicialmente vai abater 75 mil peixes por dia, volume que será
duplicado à medida que houver demanda de mercado até a capacidade total, disse Lang.
A produção de peixes – filés de tilápia – será destinada ao mercado externo.
“Vamos aproveitar toda a logística do frango – setor que a cooperativa é grande exportadora –
para enviar o peixe e garantir um bom mercado”, explicou o dirigente.
O frigorífico de abate de frangos
também está sendo ampliado. Atualmente abate 430 mil aves por dia, volume que deverá atingir 530 mil
aves por dia até julho deste ano. Essa expansão gerou a necessidade de contratar 700 novos funcionários.
Para o secretário Norberto Ortigara, é preciso reconhecer a capacidade do agronegócio em transformar vegetal em proteína animal, que se reverte em criação de novos empregos e renda que movimenta a economia. “Essa dinâmica de transformação de commodities em produtos com elevado valor agregado está sendo a opção das cooperativas paranaenses para enfrentar uma das mais terríveis crises econômicas que se abateu sobre o País”, disse o secretário.
Ortigara lembrou ainda que a piscicultura tem tudo para ser o “frango” do futuro. A proteína do peixe tende a baixar de preço ao consumidor final e com isso será mais atraente. Este é mais um desafio que estamos vencendo e aplaudimos esse investimento, que vem com nova tecnologia, perseguindo o objetivo de agregação de valor e abastecer o mundo.
Lang antecipou um pouco da tecnologia desenvolvida para o cultivo de peixes que está sendo incentivado pela C.Vale, segredo que vem guardando. Segundo ele, os tanques foram projetados para produzir o ano inteiro, com climatização a exemplo do que acontece com os aviários. Foi desenvolvida uma tecnologia de purificação da água, que foi patenteada, e representa a grande evolução da piscicultura que será desenvolvida daqui para frente, disse.
O secretário Norberto Ortigara estava acompanhado do presidente da Emater, Rubens Niederheitmann, e do diretor-geral da Seab, Otamir Cesar Martins. O prefeito de Palotina, Jucenir Stentzler, participou da abertura do Dia de Campo da C.Vale.
Fonte: SEAB via Agrolink
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