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Publicado em 08/06/2016
O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo e tem como principal matéria-prima para a produção
de álcool a cana-de-açúcar. Mas pesquisas da Embrapa e instituições parceiras buscam substitutos
para a produção de etanol no Rio Grande do Sul, que tem condições desfavoráveis para o
cultivo da cana-de-açúcar, nesse cenário a batata-doce é uma das culturas que tem maior potencial
para produção energética. Uma tonelada de batata-doce pode produzir de 160 a 180 litros de etanol. E
o seu ciclo produtivo é de quatro meses, enquanto o ciclo da cana-de-açúcar é de um ano.
Ao contrário de outras culturas agroenergéticas, a produção de biocombustível a partir
da batata-doce é uma das vastas possibilidades de utilização do tubérculo e a que se apresenta
como a mais promissora, porque pode ser cultivada em diversas condições climáticas, não exige
áreas grandes de plantio, tem baixo custo para implantação das lavouras, pode ser produzida em terras
menos férteis e dar oportunidade para pequenos produtores rurais. E o álcool derivado da raiz pode ser destinado
também a outros mercados, como o de bebidas e de cosméticos.
O processo de avaliação
do potencial da batata-doce para a produção de bioenergia, realizado em laboratório pela Fundação
Estadual de Pesquisa Agropecuária-Fepagro em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, levou dez anos.
Em 2016 a Fepagro e a Embrapa lançaram as duas variedades de batata-doce voltadas para a produção de
álcool: a BRS Gaita e a BRS Fepagro Viola, ambas têm produtividade de75 toneladas por hectare, e são variedades
indicadas para produção de etanol, principalmente pela alta concentração de amido. Segundo o pesquisador
Zeferino Chielle, da Fepagro Vale do Taquari/RS, "em um ano, a batata-doce tem capacidade de processar 27 mil litros, enquanto
a cana-de-açúcar tem oito mil." Na Embrapa Clima Temperado são realizadas várias atividades com
a cultura da batata-doce, e um dos destaques é o banco ativo de germoplasma que reúne grande parte do material
genético de batata-doce, com o objetivo de determinar materiais que garantem mudas de boa sanidade para garantir o
sistema de produção na hora de começar a lavoura.
Além do tema principal o programa
vai apresentar outros assuntos nos quadros: Minuto do Livro mostra "Plantas aromáticas e condimentares: uso aplicado
na horticultura"; Conhencendo a Embrapa Informática Agropecuária e Ciência e Tecnologia em Debate, saiba
quem foi Johanna Dobereiner e uma entrevista sobre mulher e ciência na interface com o rural brasileiro. O Dia de Campo
na TV "Batata-doce – alternativa para produção de etanol" foi produzido pela Embrapa Informação
Tecnológica (Brasília/DF) em parceria com a Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) e com a Fundação
Estadual de Pesquisa Agropecuária-Fepagro.
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