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Publicado em 02/05/2016
O estresse hídrico tem sido um dos efeitos frequentes das mudanças climáticas, causando prejuízos na cafeicultura, e para mudar essa realidade pesquisadores têm trabalhado na seleção e obtenção de novas cultivares tolerantes ao déficit hídrico. Diante disso, uma pesquisa desenvolvida por profissionais da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa) analisou clones daespécie Coffea Canephora com tecnologias inovadoras para a pré-seleção de materiais tolerantes à seca, envolvendo anatomia e fisiologia do cafeeiro.
O trabalho desenvolvido pela mestranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia
da Ufla, Nagla Maria Sampaio de Matos, avaliou sete clones da espécie Coffea canephora Pierre. A busca
era por características anatômicas e fisiológicas que apresentaram modificações após
um período de estresse hídrico controlado e, ou após a hidratação com o retorno da irrigação,
para possível utilização no pré-melhoramento genético para tolerância
à seca. “Nas condições experimentais estudadas foi possível perceber que a espessura da
cutícula, da epiderme adaxial, do floema e do parênquima paliçádico, bem como o potencial hídrico,
eficiência do uso da água e o índice de área foliar são potenciais características
que podem ser utilizadas na seleção de plantas de cafeeiro no pré-melhoramento para tolerância
à seca” explicou Nagla.
Falta de água afeta produção
Segundo levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de sacas de café tem apresentado quedas causadas pela restrição hídrica, atingindo as principais regiões produtoras de café do país, o que ocorreu principalmente na safra de 2015. Como estratégia importante para o combate a essa causa de queda de produção, a seleção de plantas tolerantes e o lançamento de novas variedades é uma alternativa sustentável no campo.
“Com a técnica proposta como pré-melhoramento genético,
espera-se que num futuro próximo haja expressiva redução no tempo necessário para o desenvolvimento
de novas cultivares de café, que serão oferecidas aos cafeicultores como mais uma ferramenta para mitigação
dos efeitos da seca na cafeicultura” explica o professor titular da Ufla e orientador da
pesquisa, Rubens José Guimarães.
Fonte: Central Campo
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