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Publicado em 29/04/2016
Uma equipe internacional de cientistas da Argentina, Brasil, México e Espanha sequenciou o genoma do feijão, o que poderá ajudar na geração de plantas mais fortes, com melhor resistência a doenças e mais produtivas.
Os pesquisadores sequenciaram a espécie de feijão (Phaseolus vulgaris), de origem mesoamericana, cujo tipo de grão é o mais consumido do Brasil, abrangendo os grupos carioca, mulatinho, preto e roxinho, entre outros.
A equipe que sequenciou o genoma do feijão faz parte do projeto PhasibeAm, integrando o Programa Ibero-americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CYTED), com sede em Madri (Espanha).
No Brasil, a iniciativa contou com o apoio financeiro do CNPq, através do projeto Prosul (490725/2010-4), sob a liderança da pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, Rosana P. Vianello. Nesse trabalho, houve também a participação da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, com apoio do pesquisador Georgios Pappas, na área de bioinformática dos dados.
O estudo de sequenciamento foi baseado na linhagem de feijão BAT 93, que está relacionada à geração de uma série de cultivares comercializadas e amplamente cultivadas no Brasil.
Essa pesquisa envolveu a montagem de 620 milhões de pares de bases do genoma e a identificação de 30.491 genes, com a respectiva análise de expressão. Foram também observados e determinados eventos cruciais durante a evolução que moldaram o feijoeiro como é conhecido hoje.
"Os programas de melhoramento agora detêm uma informação valiosa que auxiliará fortemente a pesquisa para o desenvolvimento de cultivares com caracteres agronômicos desejáveis e mais adaptadas aos diferentes ecossistemas", afirmou Rosana Vianello.
Ainda segundo a pesquisadora, o sequenciamento do feijão possibilita estabelecer uma relação direta com os genomas de outras leguminosas de interesse, como a soja, abrindo perspectivas para efetuar a seleção de sequências genômicas que afetam a expressão de características de relevância para o melhoramento dessas espécies.
Além do feijão de origem mesoamericana, as variedades andinas já tinham sido também sequenciadas e uma terceira fase para a equipe do PhasibeAm é o sequenciamento do genoma de pelo menos outras doze espécies de feijão cultivados em diversos países.
Fonte: Centro de Regulação Genômica.
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