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Publicado em 08/04/2016
A fonte da juventude eterna pode até ser de mentira, mas a ciência, cada vez mais, está chegando perto
de algo muito parecido. Um time de pesquisadores da Concordia University, no Canadá, encontrou seis grupos moleculares
com os maiores poderes antienvelhecimento já vistos na história da ciência.
O grupo de
cientistas trabalhou em conjunto com a companhia de biotecnologia Idunn Technologies para realizar os experimentos. Foram
mais de 10 mil testes em diferentes extratos de plantas até a descoberta final dos seis grupos moleculares. As experiências,
porém, não foram realizadas em seres humanos, e sim em leveduras - fungos que possuem, em nível celular,
um processo de envelhecimento parecido com o nosso.
Das substâncias encontradas, a mais poderosa vem
do Salgueiro Branco. O estudo mostrou que ela pode aumentar o tempo de vida médio da levedura em 475%, e o tempo de
vida máximo em 369%. É um potencial jamais visto em toda a literatura científica, mesmo quando comparado
às drogas antienvelhecimento que já conhecemos.
A ginkgo biloba, conhecida como Nogueira do Japão, foi outra planta usada no processo. Árvore de origem chinesa,
ela existe há mais de 150 milhões de anos, tendo convivido até com os dinossauros. Ela também
chegou a brotar no Japão mesmo em meio à radiação das bombas atômicas lançadas em
Hiroshima, em 1945, e por isso ficou conhecida como a árvore da paz. As outras três plantas que deram origem
às substâncias descobertas são um pouco mais comuns: a Valeriana, usada como tranquilizante, a Flor da
Paixão, usada para induzir o sono, e - pasme - o Salsão, usado para completar a sua salada e para fazer o carpás,
uma bebida tradicional judaica.
Mas o que faz os extratos funcionarem como uma fonte da juventude? Bom, os
estudos mostraram que cada um deles tem um efeito diferente nas leveduras, mas que todos têm algumas coisas em comum.
Por exemplo: eles diminuem a oxidação que as células sofrem, que é uma das maiores causas de envelhecimento,
e também ajudam a reforçar a membrana protetora da célula, o que reduz bastante os danos sofridos ao
longo da vida celular.
Se estas descobertas puderem ser transportadas das leveduras para os seres humanos,
será um dos maiores achados científicos de todos os tempos. Além de deixar o envelhecimento mais lento,
as substâncias poderão retardar doenças degenerativas e relacionadas com a idade, como o câncer.
O próximo passo é continuar explorando os grupos moleculares, que serão estudados por seis grupos de
cientistas - cada grupo estudará uma substância. Além disso, os pesquisadores também criarão
dois modelos de câncer para comprovar os efeitos das substâncias sobre o desenvolvimento da doença.
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