O que achou do novo blog?
e receba nosso informativo
Publicado em 08/03/2016
O marcador molecular é uma tecnologia que está mais próxima da realidade.
A transgenia não é a única frente de pesquisa da biotecnologia voltada a oferecer uma melhor
cana-de-açúcar para a posteridade. “Existem várias linhas de pesquisa voltadas a essa cultura.
Marcadores moleculares, propagação, cultura de tecidos, biorreatores, o desenvolvimento de sementes sintéticas,
que é uma outra forma de incorporar processos de biotecnologia com ferramentas da fisiologia”, relata Monalisa
Sampaio Carneiro, pesquisadora do Laboratório de Biotecnologia de Plantas da UFSCar, uma das universidades que compõe
a RIDESA (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético.).
Segundo o pesquisador João Carlos Bespalhok Filho, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), outra
universidade que integra a RIDESA, o marcador molecular é uma tecnologia que está mais próxima da realidade
e já contribui com as pesquisas que são realizadas. “São estudos genéticos que fazemos em
nível de DNA que contribuem com o melhoramento convencional, uma vez que ajudam a selecionar os melhores cruzamentos.
Com esses marcadores conseguimos fazer com que os cruzamentos resultem em variedades melhores”.
O Programa de Melhoramento Genético de Cana da UFSCar atualmente trabalha com duas linhas de marcadores moleculares.
Na primeira, o programa presta um serviço de identificação varietal ao produtor de cana utilizando desta
tecnologia, dando mais precisão à análise ao comparar com as variedades que a instituição
tem em seu banco de materiais. “Por esta via, também é possível fazer um processo de checagem em
lotes para verificar se houve mistura de variedades ao longo do processo”, explica Monalisa.
Os marcadores moleculares também são utilizados no programa de melhoramento da UFSCar como suporte
a pesquisas. Monalisa “Os marcadores moleculares têm nos ajudado a avançar no sentido de conhecermos melhor
o genoma da cana-de-açúcar. Já chegamos a um marcador para identificar resistência à ferrugem
marrom. Com esta ferramenta, conferirmos esse gene de resistência à ferrugem marrom às variedades lançadas”.
Além disso, Monalisa explica que a tecnologia dos marcadores permite, pelo menos teoricamente, realizar os
melhores cruzamentos de variedades, uma vez que tais cruzamentos devem ser feitos com indivíduos divergentes. “O
marcador pode ajudar a calcular essa divergência entre os pares. Permite calcular qual é o melhor cruzamento
e posso incorporar esse conhecimento no programa de melhoramento.”
Mas uma longa estrada ainda tem para ser percorrida,
considerando a vasta gama de possibilidades de aplicações dos marcadores.
Fonte: Canaonline
Envie para um amigo