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Publicado em 18/01/2016
O presidente mundial da Enel, multinacional do setor de energia italiana, Francesco Starace, anunciou que o grupo investirá € 3,4 bilhões no Brasil no período 2016/2019, representando um aumento em relação aos investimentos de € 3 bilhões previstos anteriormente. O executivo destacou que o Brasil continua sendo importante para investimentos do grupo, principalmente em energias renováveis como de origem hidrelétrica, eólica e solar, entre outras.
"O Brasil é muito importante em futuros investimentos, principalmente em energias renováveis", destacou Francesco.
Em seu plano de investimentos para os próximos anos a Enel pretende ampliar sua capacidade de geração
em 1,3 gigawatts participando de leilões no Brasil e na África do Sul. Segundo Starace, o momento é importante
para investir no Brasil apesar da atual crise política e econômica que atravessa, já que, afirma, o país
não vai aceitar um retrocesso no sistema político.
Por outro lado o interesse da companhia em investir
no Brasil também se deve à possibilidade de interligação de suas redes e sistemas. Além
das distribuidoras federalizadas o executivo garantiu que o grupo está estudando com cuidado novos investimentos em
expansões no sistema de geração e distribuição no Brasil, mas de forma equilibrada.
"Não estamos tentando ser os reis do Brasil. Queremos crescer de forma equilibrada entre a geração
e distribuição", destacou Starace, ao informar que o grupo vai participar do próximo leilão de
energia das concessões de geração vencidas que será realizado no próximo dia 25.
O presidente global da Enel anunciou também que o grupo tem interesse na privatização das empresas
distribuidoras estaduais atualmente controladas pela Eletrobras.
"Temos interesse nas vendas das distribuidoras.
Temos interesse em energias renováveis", destacou Francesco.
A Enel, gigante multinacional italiana de energia,
anunciou nesta quarta-feira que vai investir € 17 bilhões no período de 2016 a 2019, representando um crescimento
de € 2,7 bilhões em relação ao plano anterior 2015 a 2018.
Esses investimentos são
destinados à expansão das atividades do grupo. Outros € 11,5 bilhões serão investidos na
manutenção e melhorias dos sistemas, representando uma redução de 7% em relação
aos € 12,3 bilhões anteriores.
O diretor global de Infraestrutura e Rede da Enel, Livio Gallo, também
destacou que o grupo considera uma oportunidade interessante de investimentos a venda do controle das distribuidoras estatais,
hoje controladas pela Eletrobras, situadas principalmente na região Norte, como Ceron, Celg, Cepisa, Ceal, EletroAcre.
A Eletrobras está em fase de preparação para a venda inicialmente da Celg, de Goiás. Uma das metas
da companhia é reduzir a atual dívida de € 57 bilhões de euros para € 47,5 bilhões em
2019.
A italiana Enel é uma das maiores empresas de energia da Europa e uma das maiores do mercado global
de energia e gás do mundo, com maior atuação na Europa e na América Latina. Com operações
em mais de 30 países, entre os quais o Brasil onde controla as distribuidoras de energia Ampla, no Estado do Rio de
Janeiro, e a Coelce, no Ceará, o o grupo tem quase 89 Gigawatts (GW) de capacidade instalada e uma rede de distribuição
de eletricidade e gás de cerca de 1,9 milhão de quilômetros. Em todo mundo conta com 61 milhões
de usuários.
Em 2014, a Enel teve um faturamento de cerca de € 76 bilhões e um lucro líquido
de de cerca de € 3 bilhões. Na geração o grupo tem usinas hidrelétricas, termelétricas
e nucleares, geotérmicas, eólicas, solares fotovoltaicas e outras fontes renováveis. Segundo a empresa,
em 2014, mais de 47% da sua energia foi gerada sem emissões de carbono.
A Enel Green Power (EGP) é
uma empresa de capital aberto do grupo Enel dedicada à produção de energia a partir de fontes renováveis.
A EGP administra mais de 9,8 GW de capacidade instalada, gerados a partir de fontes hídricas, eólicas, solares,
biomassa e ciclo combinado, na Europa, nas Américas e na África. No Brasil a Enel tem ao todo 4'8 megawatts
de capacidade instalada em energias renováveis principalmente em Pequenas Centrais hidrelétricas (PVH), eólica
e solar.
Fonte: O Globo / Biomassa e Energia
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