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Pesquisadores criam remédio contra esquistossomose usando jaborandi

Publicado em 01/09/2015

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Piauí descobriram uma maneira de utilizar o jaborandi, planta muito utilizada na indústria de cosméticos, no tratamento da esquistossomose. A doença é a verminose que mais mata no mundo e o parasita, o Shistossoma Mansoni, é comum em várias regiões do país, inclusive em São Paulo. Em 2014, foram confirmados 87 casos contraídos no estado. Em 2015, já foram 36 confirmações até o momento.

A esquistossomose, também conhecida como doença do caramujo, tem larvas que crescem na lesma. Depois vão para a água dos lagos, por exemplo, e podem viver dessa forma por dias, até contaminar o ser humano. “Logo de imediato o indivíduo sente muita coceira na perna onde as larvinhas entraram, depois vai perdendo o apetite, peso, sentindo fraqueza e períodos de diarréia. À medida que o tempo passa, os ovos dessas larvas que crescem no corpo vão se depositando no fígado, causando a cirrose. E como conseqüência da cirrose, a pessoa pode passar a vomitar sangue, o que leva a óbito”, explicou o médico sanitarista Rodolpho Telarolli.

O jaborandi, um arbusto comum, pode revolucionar o tratamento da doença. O estudo foi uma parceria entre pesquisadores dos institutos de Física e Química da USP de São Carlos e da Universidade Federal do Piauí. Depois de dois anos de trabalho, veio a confirmação de que a uma substância encontrada em grande quantidade na planta é muito eficiente no combate ao shistossoma.

Jaborandi é utilizada em remédio contra esquistossomose São Carlos (Foto: Reprodução/EPTV)
Jaborandi é utilizada em remédio contra
esquistossomose (Foto: Reprodução/EPTV)

Novo remédio
Atualmente, o tratamento da esquistossomose é feito com um remédio que só mata o verme adulto. A vantagem dessa nova substância é a eficácia em qualquer fase da vida do parasita. “O medicamento que existe no mercado hoje, além de ele só atuar sobre as formas adultas, ele também causa hepatotoxicicidade, o composto que temos estudado, além de não causar toxicicidade nem para o fígado nem para o cérebro, ela atua sobre as formas jovens do verme e também sobre os ovos. A gente espera que dentro de dois anos já possa ser comercializada como fitoterápico”, explicou a pesquisadora da USP, Ana Carolina Mafud.

O resultado de testes feitos em camundongos foi muito positivo e a expectativa é de que, em breve, a substância seja utilizada em remédios. “Se esse nosso produto tiver um custo competitivo e também uma ação competitiva com os remédios que já existem, certamente alguma indústria farmacêutica vai querer usar”, explicou a professora do Instituto de Física da USP, Yvonne Mascarenhas.

Fonte: G1

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